Ilustração: Cecília Marins
“Merry Christmas”, ou “feliz Natal”, em português. Essa foi a primeira mensagem SMS enviada no mundo, em 1992, por Neil Papworth, que trabalhava no Sema Group Telecoms. Na época, os celulares não tinham teclado, por isso o desenvolvedor precisou digitar o texto no computador, para o seu amigo Richard Jarvis. Em 2021, a mensagem foi vendida, na forma de NFT, por 107 mil euros.
Sigla para “short message service”, ou serviço de mensagens curtas, o SMS surgiu, no Brasil, apenas em 1999, quando a BCP Telecomunicações lançou seu serviço Digimemo. Foi mais ou menos nesse momento que a tecnologia começou a se popularizar no mundo. Substituto dos pagers alfanuméricos, o SMS permitia que as mensagens de texto fossem enviadas nos dois sentidos, com limite de 160 caracteres.
O que possibilitou sua difusão foi a rede de segunda geração móvel GSM (Global System for Mobile Communications, ou Sistema Global para Comunicações Móveis), criada na Europa. Diferente das tecnologias anteriores, sua comunicação era digital, não analógica. E os primeiros dispositivos GSM não conseguiam enviar mensagens, apenas receber. Em 1993, a Nokia foi a fabricante pioneira no lançamento de uma linha de celulares GSM capaz de mandar SMSs.
E 2002 foi ano que marcou 250 bilhões de mensagens enviadas no mundo. Apenas em 2007, quando foi lançado o primeiro iPhone (e um ano antes o Twitter havia entrado no ar), os estadunidenses passaram a enviar mais SMSs do que realizar ligações, concretizando a passagem para a era das mensagens. Em 2021, 23 bilhões de mensagens de texto foram enviadas por dia em todo o mundo.
