O setor de varejo pode ser o próximo a adotar um sistema aberto de troca de dados. Essa é a previsão de Luiz Ohara, head de finanças na Semantix, empresa brasileira de big data, analytics e inteligência artificial. “A economia digital (do varejo) se assemelha à do setor financeiro, com dados massivos e forte tráfego de usuários. Por isso, o open retail deve ser o próximo movimento”, diz o executivo.
“O próprio Banco Central está trazendo aos poucos esses players, como os neobanks e habilitadores financeiros”, completa em conversa com Mobile Time durante o Semantix Data Summit nesta terça-feira, 4.
Atualmente, a companhia tem sob custódia 10 petabytes de dados apurados dos seus mais de 300 clientes em mais de 20 países. Esses dados são tratados em três camadas: bruta, consumível e final – que é o dado limpo e pronto para análise – e até monetização, como criar produtos baseados em dados.
Atuando em setores como varejo, saúde, telecom e finanças, Ohara explica que o setor financeiro é aquele que está mais estruturado hoje em extração de dados, embora a maioria ainda não crie produtos, usam os dados para cumprir com a regulação. Mas o head de finanças acredita que o movimento do open finance faz outros segmentos se moverem, como as seguradoras, que estão na fase 4 do sistema aberto brasileiro.