“A Qualcomm acredita muito no FWA. Eu acho que isso vai estourar a qualquer momento”, disse o vice-presidente de relações governamentais Latam da Qualcomm, Francisco Soares. No Connected Smart Cities, realizado nesta terça-feira, 4, em São Paulo, ele defendeu a tecnologia como uma forma de ajudar a levar o 5G para novos locais no Brasil. E de forma mais vantajosa do que a fibra ótica.
Para Soares, o FWA (Fixed Wireless Access, ou Acesso Fixo sem Fio, em português) possibilitará levar a conectividade móvel de quinta geração para cidades do interior, que geralmente possuem infraestrutura regional fornecida por ISPs. “O FWA vai ser importante para poder fazer essa massificação da conectividade de uma forma mais rápida e muito mais barata, no meu entendimento. A gente costuma dizer que o FWA com 5G é uma fibra sem fio”, afirmou.
De acordo com o VP de relações governamentais, o CPE 5G (Customer Premises Equipment), um roteador Wi-Fi 6 Mesh em FWA desenvolvido em uma parceria entre a Qualcomm e a Intelbras, foi homologado pela Anatel há cerca de duas semanas. O equipamento foi anunciado em agosto de 2022. “O próximo passo vai ser colocar um Wi-Fi 6E”, contou. Algumas parcerias já estão sendo fechadas, mas ele não pôde dar mais detalhes. Um projeto piloto em uma rua de bares e restaurantes em São Paulo está em discussão.
“Quando pensamos em escolas públicas, por exemplo, fala-se muito em levar conectividade. Hoje, na Qualcomm, a gente vai levar conectividade ao aluno. As escolas são um ponto importante para você levar conectividade, com o FWA. E você, saindo da escola com um computador conectado, também continua com seu acesso. Vai ser importante para esses projetos de levar conectividade para escolas, de usar FWA nessas situações. O aluno pode continuar fazendo suas tarefas fora do ambiente da escola”, argumentou.