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Rafaela Werlang, líder engenharia de vendas da Ciena (crédito: divulgação/Ciena)

A chegada do 5G no Brasil não significa que as empresas devem adotar a tecnologia internamente em seu começo. De acordo com Rafaela Werlang, líder de engenharia de vendas da Ciena, cada companhia precisa entender qual “a melhor necessidade de uso” para escolher “o tipo de rede que usará”, como 4G, fibra ótica ou Wi-Fi.

“Todas essas redes vão coexistir ao mesmo tempo. É preciso pensar que o 5G não é a única rede de solução de transporte”, disse a executiva, em conversa com Mobile Time durante a Futurecom nesta quinta-feira, 20. “Por exemplo, nos equipamentos com característica doméstica, o ideal é ser fibra e Wi-Fi. Aplicações que dependem de conectividade, mas não precisam de baixa latência, podem ficar no 4G. Já aquelas que precisam de baixa latência podem ir para o 5G”, explicou.

Contudo, se a empresa escolher pelo 5G, terá vantagens como segurança, virtualização de rede e até novos modelos de negócios. Um exemplo citado por Werlang é a possibilidade de combinar o 5G privativo com o 5G público em uma mesma localidade de uma empresa, por meio de network slicing.

“Muitas vezes, as fábricas das empresas não recebem a cobertura pública. Em uma parceria com uma operadora, dá para colocar a rede pública para atender o público local (trabalhadores de uma fábrica, por exemplo) e fatiar a outra parte da rede para os dispositivos fabris, de forma privativa”, exemplificou.

Atualmente, a Ciena, empresa provedora de tecnologias de rede, tem testes de redes privativas em 5G na Alemanha, mas não há provas no Brasil.

 

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