Operações com o Real Digital devem ficar para 2024: até lá o Banco Central deve seguir um calendário com provas e conceitos. É o que confirmou Rodrigoh Fernandes, diretor de inovação da Fenabasc e um dos líderes do Lift Challenge no Banco Central Brasileiro.
Durante o evento Open Finance Conference, nesta terça-feira, 25, o representante da federação de bancos detalhou como está o cronograma do desenvolvimento do CBDC brasileiro: “O Lift Challenge, laboratório, termina no primeiro trimestre do ano que vem. O BC vai escolher projetos piloto para operar e ligar aos seus sistemas, o que acontecerá no segundo trimestre do ano que vem. Então estamos falando de operação para 2024, não 2023”, relatou.
Vale lembrar que parte deste cronograma foi adiantado pelo coordenador do Lift Challenge no Banco Central, Carlos Araujo, durante o Febrabant Tech no meio do ano.
Fernandes explicou ainda que o Real Digital surge para acelerar arranjos de pagamento como o Pix e que permitirá novos modelos de negócios.
“Nada supera o Pix no nosso dia a dia. Mas [com o CBDC] o usuário terá uma sensação de ‘Pix turbinado’ para grandes transações, onde a confiança precisa ser estabelecida no contrato. Um serviço financeiro limpo com opções de dez a vinte complementos de uma vez, algo que ficará claro quando os inovadores criarem esse serviço”, prevê. “O Real Digital será essa ponte para o mundo digital que produz valor de forma digital. Que armazena e troca valor de forma digital”, concluiu.