A Twilio projeta fechar o ano de 2022 com crescimento acima de 90% em receita no Brasil em comparação com o ano passado, informa seu vice-presidente para a América Latina, Rodrigo Marinho, em conversa com Mobile Time. Se considerada a região da América Latina inteira o crescimento é muito maior, afirma.
“A Twilio vai na contramão do mercado. Viemos muito fortes em 2022 e esperamos o mesmo em 2023. O ano que vem continuará sendo o ano da América Latina, que vem crescendo em um ritmo diferente de outras regiões, que foram mais impactadas por guerras e pela pandemia”, relata o executivo.
Além de uma forte presença entre unicórnios (dez dos 15 maiores são clientes da Twilio, afirma Marinho), o vice-presidente percebeu uma forte demanda este ano por parte de empresas tradicionais dos setores financeiro e de varejo migrando suas soluções on-premise para a nuvem e adotando APIs.
Outro fator citado pelo executivo como tendo contribuído para o crescimento este ano é o interesse das empresas em terem mais autonomia na gestão de suas plataformas de comunicação e marketing.
“O mercado ficou muito dinâmico. Quem está com solução engessada e depende de terceiros para fazer modificações tem vindo procurar a gente”, conta Marinho. “Há um movimento dos clientes se preocupando cada vez mais em ter autonomia para fazer as coisas. Não querem mais ficar amarrados a uma solução. Querem pegar sua equipe própria e fazer acontecer”, completa.
Por fim, o executivo destaca a crescente demanda por ferramentas de análise de dados que permitam uma comunicação mais personalizada e assertiva com os consumidores. “Todo o ano que vem vai girar em torno de dados”, prevê.
Zenvia
Sobre a participação acionária minoritária da Twilio na Zenvia, Marinho reforçou que se trata de um investimento financeiro e que não há qualquer relação operacional entre as duas empresas no momento.