A produção de iPhones Pro em 2022 pode resultar em um déficit de 6 milhões de unidades por conta dos protestos que ocorreram na maior fábrica do smartphone na China. Segundo uma pessoa familiarizada com as operações da fabricante Foxconn em Zhengzhoug, na China, essa estimativa pode mudar até o fim do ano, conforme relatou a Bloomberg.
A unidade fabrica a maioria dos iPhones 14 Pro e Pro Max, os modelos flagship da Apple. No começo do mês, a companhia diminuiu sua projeção de unidades fabricadas de toda sua linha de iPhones de 90 milhões para 87 milhões, segundo fontes consultadas pelo veículo. Apple e Foxconn aumentaram as estimativas nas duas últimas semanas devido aos problemas recentes. Eles esperam compensar o saldo negativo na produção de 2023.
O número de iPhones que deixarão de ser produzidos vai depender de como a Foxconn recuperará os trabalhadores que perdeu por conta do surto de Covid-19 e das manifestações mais recentes. No fim de semana, a Apple ofereceu um bônus de até 13 mil yuans (US$ 1,8 mil) por mês para quem quiser continuar na fábrica em dezembro e janeiro. Caso os lockdowns impostos pelo governo chinês continuem, a produção pode ser ainda mais prejudicada.
Os protestos eclodiram devido às restrições de Covid-19 e às políticas salariais da fabricante chinesa. O campus de Zhengzhou foi acometido por lockdowns que fizeram milhares de trabalhadores voltarem para a casa em outubro. A Foxconn abriu 100 mil vagas para suprir a força de trabalho perdida. Na semana passada, a companhia havia oferecido US$ 1,4 mil para que os trabalhadores fossem embora para casa, na tentativa de dissuadir os protestos que ficaram cada vez mais violentos.