| Publicada originalmente no Teletime | Foi inaugurado nesta segunda-feira, 5, em Campinas (SP), o Centro de Pesquisa em Engenharia Smart Networks and Services 2030 – também chamado de Smartness. A iniciativa pretende ser um polo de pesquisa de excelência e um hub para reunir pesquisadores no Brasil tratando de temas como tecnologia 5G, 6G, infraestrutura de computação em cloud, redes cognitivas orientadas por inteligência artificial e aplicações e serviços de Internet.
O Smartness é uma parceria da Unicamp com a Ericsson, com “aprovação” da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e tem ainda participação de pesquisadores das universidades de São Paulo (USP), de São Carlos (UFSCar) e de aproximadamente 50 pesquisadores associados de outras 15 instituições acadêmicas.
A parceria é baseada em um contrato de investimentos de dez anos, no valor total de R$ 56 milhões no período. Essa quantia é dividida em R$ 14 milhões da parte da Ericsson e igual quantia da Fapesp. Nesses dois casos, são aportes em dinheiro. Outros R$ 28 milhões são da Unicamp, mas considerando contrapartidas econômicas, como explicou em conversa com jornalistas a master researcher da Ericsson e vice-diretora do centro, Maria Valéria Marquezini. “Contabiliza horas de professores, pessoal envolvido no centro, a parte de infraestrutura e laboratorial também”, declara.
A assinatura do contrato em si acontecerá em janeiro de 2023, deixando então a duração para até 2033. O título do centro se refere ao marco temporal estimado para o 6G (assim como o 5G foi com o IMT-2020).
Capacitação
O centro será dirigido pelo professor Christian Rothenberg, docente da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação (FEEC). Ele diz que um dos objetivos é também fomentar a capacitação. “Um dos objetivos é não só fazer pesquisa de excelência, mas também influenciar no sistema educativo. Temos no plano trazer capacitação em 5G, software e influenciando currículos de graduação e pós-graduação, em cursos de engenharia e ciência da computação.” A ideia é também promover visitas a escolas e promover uma “conscientização” sobre a importância dos cursos.
O head de pesquisa da Ericsson no Brasil, Mateus Santos, ressalta ainda que se trata da extensão dos mais de 20 anos de iniciativas da fornecedora sueca no País. “Muitos alunos que vêm da graduação já iniciam mestrado e doutorado e fazem estágio e intercâmbio na Suécia conosco. Toda essa capacitação e investimento tem se transformado em resultados, teses de doutorado, publicações e 220 patentes depositadas internacionalmente”, declara, citando ainda que há preocupação de retenção dos profissionais.