| Publicada originalmente no Teletime | Além de avaliar um crescimento das velocidades, da disponibilidade do sinal e da experiência com serviços, relatório da OpenSignal alega que, entre as operadoras que adquiriram a Oi Móvel, a Claro mostrou sinais de congestionamento durante a migração da base. Já a TIM e a Vivo teriam mostrado menor impacto nas respectivas redes ao abrigar os novos usuários.

Segundo a empresa, com dados coletados entre fevereiro e outubro deste ano, a incorporação da base móvel da Oi levou a um período de estresse nas redes. “Enquanto os usuários da TIM e da Vivo observaram resultados ligeiramente maiores seis meses após a conclusão da venda da Oi, com aumentos de 0,5 e 1,4 Mbps respectivamente,  a pontuação de Velocidade de download em 4G da Claro foi 8,6% mais lenta e caiu 2,4 Mbps”, coloca a companhia no relatório.

A OpenSignal atribui a queda a um congestionamento na rede da Claro com a migração, citando que houve também mudanças nos valores de referência da qualidade do sinal LTE recebido (RSRQ) das operadoras – valores mais baixos podem ser indicativos desse tipo de estresse na infraestrutura. “Enquanto a pontuação de RSRQ caiu 0,08 e 0,04 dB para os usuários da TIM e da Vivo, respectivamente, os usuários da Claro tiveram uma queda muito mais acentuada de 0,42 dB, com a diferença na qualidade do sinal aumentando entre a Claro e seus concorrentes desde fevereiro-abril de 2022.”

OpenSignal

É importante ressaltar que, das três compradoras, a Claro foi a única a não receber fatia de espectro da Oi Móvel, uma vez que já havia atingido o limite (spectrum cap) para faixas sub-3 GHz após a aquisição da Nextel. Ou seja, a operadora não contou com recursos adicionais de capacidade para receber os 11,6 milhões de novos acessos. A TIM, que recebeu a maior quantidade de frequências da Oi, recebeu 14,5 milhões de usuários. A Vivo, por sua vez, recebeu 10,5 milhões de linhas, tendo depois promovido desconexão de 3 milhões de linhas.

No entendimento da OpenSignal, esse congestionamento deverá ser mitigado. “O espectro adicional transferido da Oi ajudará a compensar o tráfego de rede gerado pelo influxo de assinantes em migração. No entanto, melhorias rápidas recentes na experiência em redes 5G no Brasil, estimuladas por implementações na faixa de 3,5 GHz também poderão contribuir”, coloca.

 

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