As remessas globais de smartphones registraram queda de 11% em 2022 na comparação com o ano anterior, totalizando menos de 1,2 bilhão de unidades enviadas ao mercado. Ao longo do quarto trimestre, o declínio foi maior, de 17%. Segundo dados da Canalys, este foi a pior performance em uma década do mercado de celulares.

Canalys

Envio global de smartphones registrou queda de 17% no 4T22 ano contra ano, informa Canalys. Fonte: Canalys

Levando em consideração o ano de 2022, a A Samsung terminou o período líder do ranking das fabricantes, com 22% do market share, um aumento de 2 pontos percentuais na comparação com 2021.

Já a Apple, terminou o ano na segunda posição, com 19% de fatia de mercado. Vale dizer que a fabricante norte-americana tomou a primeira posição da Samsung no quatro trimestre de 2022, com 25% do market share, apesar de enfrentar uma demanda reduzida e problemas de fabricação em Zhengzhou.

Ao longo de 2022, a Xiaomi registrou uma leve queda na sua fatia de mercado, de 1 p.p. na comparação com 2021, indo para 13%. OPPO e vivo completam os cinco primeiros da lista, com 9% de participação de mercado cada uma.

2022: ano atribulado

Segundo analistas da Canalys, os fornecedores de smartphones tiveram dificuldades em 2022 com um ambiente macroeconômico difícil. Os canais de venda foram cautelosos em assumir novos estoques, o que contribuiu para os baixos estoques no 4T22. O que contribuiu para a redução desses estoques foram os fortes incentivos promocionais de fornecedores e canais de venda durante a temporada de fim de ano.

Segundo o analista da Canalys, Runar Bjørhovde, enquanto a demanda de gama baixa a média caiu rapidamente nos trimestres anteriores, a demanda de ponta começou a mostrar fraqueza no quarto trimestre. O desempenho do mercado no 4T22 contrasta com o 4T21, que viu o aumento da demanda e a diminuição dos problemas de oferta.

2023: cautela

Para 2023, os analistas da Canalys esperam um ano de muita cautela, com fornecedores priorizando a lucratividade e a proteção de sua participação no mercado, com possíveis cortes de custos. A previsão é de um crescimento de estável a marginal para o mercado de smartphones, com condições que devem permanecer difíceis.

 

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