Citrini Samsung Claro HM MT

Renato Citrini, gente da Samsung, ao lado de Leo Bianchi, apresentador da Claro TV (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

O gerente sênior de produtos de dispositivos móveis da Samsung, Renato Citrini, confirmou que a tendência da empresa é diminuir os lançamentos de produtos 4G e lançar mais produtos 5G já em 2023. Em conversa com a imprensa especializada durante o lançamento oficial do Galaxy S23 junto à Claro, o executivo informou que a companhia quer desenvolver um portfólio para democratizar a quinta geração entre os brasileiros, independente da faixa de preço dos dispositivos.

“Ontem anunciamos o Galaxy A14 em R$ 1,8 mil, mas a tendência é ter mais opções 5G no nosso portfólio. Ainda temos alguns modelos 4G, como o A03 e A04 –  que estamos trazendo. Mas eles serão cada vez mais limitados, tanto em presença, como em volume de vendas efetivas de dispositivos”, explicou.

Atualmente, a Samsung tem market share de 53,4% em smartphones no Brasil e 57% considerando apenas no 5G, segundo dados da Gfk de dezembro de 2022. Os números foram compartilhados pela Samsung durante o evento de lançamento. Todos os modelos da fabricante funcionam no 5G em 3,5 GHz, exceto os produtos Galaxy com final 2, como A52, cujo acesso ao 5G é apenas via NSA.

“No Brasil, nós (Samsung) já lançamos 30 modelos com 5G, desde a primeira rede DSS que saiu no segundo semestre de 2020. Essa é a importância que damos para o mercado brasileiro. Estamos trazendo modelos em todas as faixas de preço. Hoje estamos lançando o Galaxy S23 Ultra (high-end), mas ontem apresentamos o Galaxy A14, que custa R$ 1,8 mil, mas pode chegar a R$ 1,5 mil, dependendo do plano”, relatou. “No começo do 5G nós trazíamos o Note 20 e Note 20 Ultra que estavam acima de R$ 7 mil. Caiu de R$ 7 mil para R$ 1,5 mil em dois anos. Ou seja, é uma velocidade muito grande de atender esse público, trazer todos para o 5G. Hoje do A14 para cima todo o portfólio é 5G”, complementou.

Fábricas

Após os dois primeiros anos da pandemia de Covid-19, e os efeitos da guerra na Ucrânia, que afetaram as cadeias de suprimento, o gerente da Samsung explicou que as condições de suas duas fábricas no Brasil seguem normais. Mesmo durante a parte mais grave da pandemia e dos primeiros meses da guerra, Citrini disse que não houve problemas de falta de peças, mas reconheceu que a companhia precisou fazer ajustes.

“Temos uma situação favorável no Brasil de duas fábricas que atendem apenas o mercado brasileiro, algo que permite flexibilidade e atenção para essa demanda. Elas rodam para atender apenas o mercado brasileiro. Lançamos ao mesmo tempo no Brasil, EUA e Coreia a nova família Galaxy S. Isso acontece porque temos atenção à demanda para não faltar aparelhos. Mas tudo depende das demandas do mercado (de handsets), seja de entrada, intermediário ou premium”, afirmou. “Por ter essa situação das fábricas e um portfólio grande – e adaptável –, conseguimos amortecer esses momentos de crise”, completou.

O executivo comentou que não há planos para trazer equipamento de infraestrutura de rede no Brasil. E, em relação ao CPEs do FWA 5G, Citrini explicou que a Samsung tem os equipamentos, mas não há novidades para o Brasil no momento.

E-commerce x varejo físico

Citrini confirmou ainda que a companhia deve focar suas atenções em 2023 para a volta plena das vendas no varejo físico. Se os últimos três anos tiveram um movimento muito forte do consumo via comércio eletrônico – devido às restrições físicas da pandemia – a fabricante de handsets vê este ano focado no retorno do consumidor ao varejo físico.

“A questão do e-commerce cresceu muito na pandemia e em todo o mundo. Agora os consumidores querem ir ao varejo, sentir, tocar no produto. Por isso trazemos o S23 em três tamanhos. Por isso apostamos em experiências como a que fizemos hoje no lançamento com a Claro. Isso é muito importante para a retomada”, disse.

Corrobora com esse movimento a prévia da IDC Brasil para 2023 que estima um recuo das vendas no varejo online ante o físico. Ainda assim, o gerente da Samsung confirma que a companhia manterá os smartphones Galaxy M (que são vendidos apenas em e-commerces) no portfólio, inclusive com novos modelos com 5G.

 

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