As operadoras brasileiras ainda não lançaram o serviço de banda larga fixa sem fio (FWA, na sigla em inglês) sobre suas redes 5G, mas há um grande mercado potencial no País, aponta a Ericsson. A empresa estima que essa tecnologia poderia atender a 9,5 milhões de residências, gerando uma receita adicional da ordem de R$ 10 bilhões ao ano para as teles.
“Enxergamos o FWA com muito bons olhos, pois vai ajudar as operadoras a monetizar os investimentos que estão fazendo no 5G. E para a população o FWA será uma excelente opção nos locais onde a fibra não for viável economicamente”, diz Marcos Scheffer, vice-presidente de redes de serviços para o Cone Sul da Ericsson, em conversa com Mobile Time.
Parte do mercado potencial do FWA no Brasil é composto pelos 3,5 milhões de casas hoje atendidas com banda larga em par metálico (XDSL, por exemplo). “São redes que entregam velocidade baixa e que sofrem muito com vandalismo e roubo de cobre, o que gera queda de serviço”, explica o executivo.
Os outros 6 milhões são residências e pequenas empresas que hoje não têm serviço de banda larga, mas têm poder aquisitivo adequado para contratar e estão localizadas em regiões onde haverá cobertura 5G.
Além disso, existem outras 26 milhões de casas que não têm banda larga mas não foram incluídas na conta da Ericsson por questões financeiras ou geográficas. Mas isso pode mudar se houver ações do governo para fomentar o acesso à banda larga. “Poderia haver incentivos aproveitando algum fundo que o governo não esteja utilizando”, sugere o vice-presidente da Ericsson.
Fórum de Operadoras Inovadoras
O potencial do mercado brasileiro para FWA será debatido no painel “FWA: quando, onde e por quê?”, durante o 6º Fórum de Operadoras Inovadoras, evento que acontecerá nos dias 22 e 23 de março, no WTC, em São Paulo. A agenda atualizada e mais informações estão disponíveis em www.operadorasinovadoras.com.br