O Departamento de Justiça (DOJ, da sigla em inglês) dos Estados Unidos acusou o Google de destruir comunicações corporativas internas que seriam usadas em um caso antitruste contra a vertical de busca da companhia. A instituição pediu que um juiz federal apresente sanções à companhia por conta disso.

Em documento, o DOJ afirmou que o Google falhou em suspender uma política interna que permitia a exclusão automática e permanente de chats entre funcionários. A companhia os encorajou a desativarem o armazenamento do histórico em comunicações escritas por plataformas do Google, como Hangouts, e essas mensagens eram deletadas após 24 horas. De acordo com o DOJ, a companhia orientou seus funcionários a optarem por esse meio, dizendo que era melhor se comunicarem por esses chats do que mandar e-mails.

O governo afirmou que o Google “falsamente” alegou, em 2019, que tinha suspendido essa prática de exclusão automática das mensagens, preservando as comunicações. Isso é necessário pelo fato de a companhia estar sob escrutínio da legislação da corte federal, em relação ao armazenamento eletrônico de informações.

“A destruição diária de registros escritos pelo Google prejudicou os Estados Unidos ao privá-los de uma rica fonte de discussões francas entre os executivos do Google, incluindo prováveis testemunhas de julgamento”, afirmou a agência.

O DOJ pediu ao tribunal do Distrito de Columbia e ao juiz distrital dos EUA Amit Mehta para realizar uma audiência sobre o assunto e discutir as sanções apropriadas, o que deve ser feito em setembro deste ano. Se a corte decidir que o Google violou regras, isso pode restringir sua argumentação ou resultar em uma multa.

À Reuters, um porta-voz do Google disse que refuta “fortemente” as alegações, acrescentando que a empresa produziu mais de 4 milhões de documentos neste caso.

 

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