As novas redes móveis deveriam ser verdes por design, sugeriu a CEO da Orange, Christel Heydemann, durante painel de abertura do Mobile World Congress (MWC 2023), em Barcelona, nesta segunda-feira, 27.

“Essa é uma área em que as teles precisam trabalhar em conjunto. Já fizemos muito progresso compartilhando infraestrutura, e agora podemos usar inteligência artificial para otimizar o consumo de energia”, comentou a executiva.

Ela lembrou que nos últimos cinco anos o tráfego nas redes móveis cresceu 10 vezes, enquanto o consumo de energia permaneceu igual, o que já representa um grande feito. Mas para lidar com o aumento que virá com o 5G e 6G as redes terão que ser “green by design”, recomendou.

Regulamentação

A CEO da Orange aproveitou para levantar uma velha reivindicação do setor de telecom: a divisão da conta de infraestrutura com as big techs, que hoje se beneficiam da conectividade móvel sem precisar investir nela. De acordo com Heydemann, os cinco maiores players digitais respondem por 55% do tráfego das redes móveis na Europa, o que significa um custo de 15 bilhões de euros por ano sobre os 56 bilhões anuais de Capex das  teles europeias. “Isso é insustentável. Está desequilibrado. Precisamos de regras justas”, reclamou.

 

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