Na segunda rodada de cortes em quatro meses, a Meta pretende demitir mais 10 mil funcionários ao longo de 2023. Em comunicado aos colaboradores, nesta terça-feira, 14, o CEO Mark Zuckerberg enfatizou seus planos para melhorar a performance financeira da companhia, no que chama de “Ano da Eficiência”. Além das demissões, serão fechados 5 mil postos de trabalho que estavam em aberto e ainda não haviam sido preenchidos.

Em novembro de 2022, após um ano de desafios econômicos, que prejudicaram o crescimento da big tech, a Meta havia anunciado a demissão de 11 mil pessoas, o que representava cerca de 13% de toda sua força de trabalho na época. Dessa forma, já são 21 mil pessoas afetadas pelos cortes mundiais, de uma equipe que chegou a 87 mil no seu pico – ou cerca de 24% do total.

“Ao falar sobre eficiência este ano, disse que parte de nosso trabalho envolverá a remoção de empregos – e isso servirá tanto para construir uma empresa mais enxuta e técnica quanto para melhorar nosso desempenho comercial, a fim de possibilitar nossa visão de longo prazo”, disse o CEO.

No comunicado, Zuckerberg deu um cronograma para as mudanças que devem ocorrer nos próximos meses. Os líderes organizacionais anunciarão planos de reestruturação focados em tornar as equipes mais enxutas, cancelando projetos de menor prioridade. Após a reestruturação, a big tech planeja suspender o congelamento de contratações e transferências entre equipes internas.

A Meta espera anunciar as reestruturações e demissões nos grupos de tecnologia até o final de abril. Para os grupos de negócios, será no final de maio. Em um pequeno número de casos, pode levar até o final de 2023 para conclusão dessas alterações. Os cronogramas de equipes internacionais também serão diferentes – os líderes locais darão mais detalhes. A única exceção é a equipe de recrutamento, que será informada já na próxima quarta-feira, 15, sobre as mudanças.

“Tentei ser aberto sobre todo o trabalho que está em andamento e, embora saiba que muitos de vocês estão entusiasmados com isso, também reconheço que a ideia de futuras mudanças organizacionais cria incertezas e estresse. Minha esperança é fazer essas mudanças organizacionais o mais rápido possível neste ano, para que possamos superar esse período de incerteza e nos concentrar no trabalho crítico que temos pela frente”, afirmou Zuckerberg.

 

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