As operadoras devem perder US$ 1,3 bilhão ao longo dos próximos cinco anos com “flash calls” no mundo, prevê relatório da Juniper Research. “Flash calls” são chamadas telefônicas automáticas que servem para a autenticação dos usuários que as recebem. Em vez de enviar uma senha por SMS, serviços digitais estão optando pelas “flash calls”: realizam uma chamada VoIP para o consumidor a ser autenticado e a senha são os quatro últimos dígitos do número com o qual originam a ligação. A chamada nem sequer é atendida: tão logo o app no smartphone do usuário identifica a chegada da ligação, esta é derrubada. Fazer uma flash call é mais barato que mandar um SMS, porque na prática nem sequer há cobrança por parte da operadora, já que a ligação não é atendida.

A Juniper Research estima que 90% das “flash calls” deste ano de 2023 no mundo passarão despercebidas pelos sistemas das operadoras. Porém, com a atualização de seus sistemas de bloqueio, como firewalls, essa proporção deve cair para 45% em 2026, estima a consultoria.

Todavia, os analistas da Juniper Research não recomendam que as operadoras simplesmente bloqueiem as “flash calls”, pois os sistemas de firewall podem inadvertidamente barrar também chamadas VoiP legítimas, o que geraria insatisfação dos consumidores. A melhor saída, na sua opinião, é que as teles transformem as “flash calls” em um produto, cobrando por elas. Assim, a expectativa é de que as teles faturem US$ 450 milhões com “flash calls” no mundo em 2026, montante que será maior que aquele perdido para as “flash calls” feitas clandestinamente, sem pagamento, estima a Juniper Research.

 

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