Abraão Balbino, superintendente executivo da Anatel, afirmou que não há vedação regulatória para que as operadoras adotem modelos de negócios baseados em latência no 5G. O representante do regulador explicou que a oferta pode ocorrer normalmente, desde que seja isonômica e respeite a neutralidade de rede.

“A grande questão que se coloca, em neutralidade de rede, é sobre quebra de isonomia e não-discriminação. São princípios que o Marco Civil traz que não podem ser quebrados”, disse Balbino, durante o Encontro Nacional da Abrint 2023 nesta quinta-feira, 25.

“Por exemplo, se você quiser uma latência X, você vai ter que contratar um plano específico, que estará disponível para todos e sem discriminação, ou seja, sem quebra de neutralidade. Isso dentro de um conceito de que latência é um requisito técnico, assim como é a velocidade de acesso”, completou.

Em agosto do ano passado, Paulo Esperandio, CMO da TIM, rechaçou a possibilidade de ofertar planos baseados em latência. Na época, afirmou justamente que a neutralidade de rede não permitia tal oferta, diferentemente dos EUA, que têm essas gradações e o cliente pode pagar mais caro por isso.

Inicialmente ofertado nos games, a baixa latência promete taxas de respostas mais baixas no acesso. Na prática, isso significa um acesso mais fluido e um menor tempo de resposta entre o dispositivo do usuário e a rede. Dito isso, este é um modelo de negócios baseado em latência que pode ser levado para outros segmentos que dependem de ação rápida e crítica, como indústria e medicina.

 

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