A Juganu, fabricante israelense de luminárias públicas inteligentes, tem hoje seus equipamentos instalados em 250 postes de luz distribuídos por 11 cidades brasileiras. Sua meta é chegar ao final do ano com 3 mil postes conectados, informa o CEO da empresa no Brasil, Bruno Gemus, em conversa com Mobile Time.
As luminárias da Juganu são equipadas com Wi-Fi 6 e com small cells 5G da Nokia, criando redes celulares privativas na faixa de 3,8 GHz, o que torna possível a oferta de serviços de conectividade pelas concessionárias de iluminação pública. Na cidade de Araguaína/TO, por exemplo, está sendo testada uma solução de FWA em uma luminária próxima a uma escola, para levar Internet a professores e estudantes no local. O backhaul é feito por rádio na faixa de 5,4 GHz, usando um protocolo proprietário da Juganu. O core também é da empresa israelense.
As luminárias podem servir, ao mesmo tempo, para redes celulares privativas e para redes móveis públicas, ajudando as operadoras a cumprirem as metas de cobertura 5G e gerando uma fonte de receita nova para as concessionárias de iluminação pública. Para tanto, a Juganu está adaptando seu modelo de negócios: está disposta a arcar com parte do investimento na instalação das luminárias em troca de uma parte da receita obtida pelas concessionárias com os serviços, como o aluguel para as teles.
“É um modelo de negócios híbrido, em que a gente ajuda no subsídio do Capex e participamos da receita que virá da exploração das ERBs. É o modelo que estamos desenhando hoje”, explica. “Estamos conversando com alguns grandes municípios e mostrando que o ativo de iluminação é valioso para eles, pois a incorporação das ERBs ao mobiliário urbano pode dispensar a aprovação de uma nova lei das antenas”, acrescenta.
“Até o final do ano queremos ter pelo menos uma cidade inteira com a nossa solução. E fazer acordo com duas operadoras móveis para disseminar o 5G em street level”, explica Gemus.
Vale destacar que as luminárias da Juganu não requerem uma troca do poste inteiro. Elas podem ser instaladas nos postes já existentes, no lugar das luminárias antigas. “Conseguimos transformar uma rua analógica em digital só trocando a luminária, o que acelera a instalação. Chegamos a instalar uma cidade em três dias. A escalabilidade é muito alta”, afirma.
Hoje as luminárias são importadas de Israel, onde fica a sede da Juganu. Mas há a intenção de produzir no Brasil no futuro, provavelmente em São Paulo.
Além do Wi-Fi e da small cell 5G, as luminárias vêm com duas câmeras, uma em cada lado, para controle de tráfego. A solução inclui um software de telegestão. As lâmpadas são de LED.
As 11 cidades que já contam com luminárias inteligentes da Juganu no Brasil são: Araguaína/TO, Cariacica/ES, Ceará-Mirim/RN, Curitiba/PR, Jaraguá do Sul/SC, Paraipaba/CE, Pato Branco/PR, Petrolina/PE, São José dos Campos/SP, Salvador/BA e Sorocaba/SP.
MPN Fórum
O CEO da Juganu no Brasil vai apresentar o case de redes privativas da empresa com iluminação pública durante o 3º MPN Fórum, dia 12 de julho, no WTC, em São Paulo. Também estão confirmados no evento:
. Alexandre Gomes, diretor de marketing da Embratel
. Ciro Faccini, engenheiro sênior de telecom da CPFL
. Dustin Pozzetti, sócio e head de consultoria no Brasil e América do Sul da KPMG
. Igor Calvet, presidente da ABDI
. Marcio Veronesi, diretor de vendas enterprise Brasil da Nokia
. Marco Szili, sócio-fundador da Telesys
. Maria Teresa Lima, diretora executiva para governo da Embratel
. Nilson Monteiro, diretor de desenvolvimento e gestão portuária do Porto de Suape
. Paulo Humberto Gouveia, diretor de soluções corporativas da TIM
. Ricardo Pence, vice-presidente de vendas para América Latina, Espanha e Portugal da Baicells
. Samuel Lauretti, diretor comercial da Trópico
. Tom Araújo, diretor comercial, Celplan
. Vinicius Caram, superintendente de outorgas e recursos à prestação da Anatel
. Virgilio Fiorese, head de redes privativas sem fio da Amdocs
A programação completa e mais informações estão disponíveis em www.mpnforum.com.br