Quando a adoção do eSIM escalar no Brasil, as operadoras vão buscar redundância de plataformas para ativação de linhas com essa tecnologia, prevê Salvador Cabrera, diretor da unidade de negócios Valid Mobile, da Valid, em conversa com Mobile Time. É o que fizeram as teles norte-americanas, aonde a maioria das ativações hoje acontecem de forma digital, via eSIM, porque nos EUA a Apple lidera o mercado de smartphones e seus modelos mais recentes operam unicamente com eSIM, sem entrada para SIMcard físico.
“É o modelo de multisourcing. Se uma plataforma cair, a operadora tem redundância. É como uma máquina de vendas dentro de uma loja: não pode ficar fora do ar, senão você para de vender”, compara o executivo.
Ele reconhece, contudo, que o Brasil ainda está longe dessa realidade, porque ainda há poucos modelos de smartphones com eSIM por aqui. “No Brasil ainda não estamos nesse ponto porque o volume é pequeno. Não é uma necessidade iminente. Mas vai ser no futuro”, avalia.
Outra mudança ocorrida nos EUA e que mais cedo ou mais tarde acontecerá no Brasil é a inclusão da opção de ativação de eSIM dentro dos apps das operadoras. Por aqui, por enquanto, é preciso escanear um QR code e, em alguns casos, ir até uma loja.
Nos EUA, a adoção do eSIM foi puxada pela Apple, mas agradou as operadoras, que reduziram seus custos logísticos com compra, armazenamento e distribuição de SIMcards físicos, comenta Cabrera.
Integrated SIM
A evolução do SIMcard não termina no eSIM. O próximo passo será o Integrated SIM (iSIM), que consiste na incorporação da funcionalidade do SIMcard dentro do chipset do smartphone, ou do SoC (system on a chip). Neste caso, fornecedores de tecnologia de SIMcards, como a Valid, vão negociar com fabricantes de chipsets, como a Qualcomm, para a produção de iSIM. “Em dois ou três anos o iSIM começará a decolar. Já estamos em em conversas para as primeiras parcerias”, informa Cabrera.