A Pulsus pretende dobrar a quantidade de dispositivos gerenciados em sua base até o final de 2023 e aumentar o faturamento em 60%, se comparado com 2022. Atualmente com 1 milhão de handsets e tablets e 1 mil clientes, a companhia está com um processo de integração que adicionará à sua base 500 mil equipamentos de uma instituição do segmento educacional público.

Em conversa recente com Mobile Time, Vinícius Boemeke, CEO da Pulsus, afirmou que uma das estratégias de crescimento da empresa de gerenciamento de dispositivos móveis (MDM) é investir mais em editais do governo, em especial nas esferas estaduais e municipais.

Também há outros dois projetos governamentais com mais de 100 mil dispositivos que estão próximos de serem plugados à base da Pulsus, mas não são no setor de educação.

Outras apostas

Além de governo, a companhia também aposta em avanços no segmento de logística e alimentos. Para isso tem avançado em novos negócios e em melhorar a sua plataforma para “agregar mais valor” e apresentar o seu MDM como um super app. Para isso, adiciona funções de gestão da jornada de trabalho, engajamento de capacitação e até prova de vida – pareando device gerenciado do trabalhador com um vestível.

“Queremos estreitar o relacionamento com o RH das empresas. Mostrar para eles que o MDM pode ter mais valor. Temos uma parceria com uma solução de ponto que, quando o usuário finaliza o expediente, os apps são bloqueados”, disse. “E tem um beta sendo testado em alguns clientes que é uma ferramenta de assinatura de termos de uso”, completou.

Ainda está no radar da empresa a ida para outros países. A plataforma da Pulsus de MDM já está traduzida para inglês e espanhol. Com presença atualmente na África e Colômbia e com menos de 10% da receita (maior parcela está no Brasil), a companhia quer avançar para outros países da América Latina e da Europa Ibérica e Latina. Reino Unido também está no radar.

Vale lembrar, a Pulsus investiu pesado em material humano para se expandir no exterior e incrementar suas receitas. Os nomes mais notórios são do CRO Everton Alves (ex-Sambatech) e do diretor de vendas globais Angel Aldana (ex-Samsung, Blackberry e Zendesk).

Evolução

Para os próximos cinco anos, a Pulsus mira crescer mais de 20 vezes. Para alcançar isso, além da evolução da plataforma, Boemeke explicou que há a mudança de MDM para UEM (gerenciamento unificado de endpoints, na tradução livre do inglês). Embora o executivo afirme que o mercado brasileiro está ainda em processo de maturação do EMM (gerenciamento de mobilidade corporativa) para o MDM, a Pulsus quer acompanhar a tendência da Europa de unificar a gestão de dispositivos corporativos.

No caminhar para o UEM, o CEO e cofundador da empresa vê com naturalidade a entrada de dispositivos com Windows em seu parque.

 

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