O FitBank, banco digital brasileiro que presta serviços de processamento de pagamentos na nuvem para grandes empresas, inclusive para outros bancos digitais, planeja entrar no mercado norte-americano no primeiro semestre do ano que vem, aproveitando a chegada do FedNow, serviço de pagamento instantâneo criado pelo governo dos EUA. Não será, contudo, o primeiro mercado da empresa no exterior, pois recentemente aportou também no México e na Guatemala.
A experiência brasileira com o Pix abre portas para empresas nacionais em outros países que estão começando a jornada com pagamentos instantâneos, como os EUA, concorda Otávio Farah, CEO do FitBank, em conversa com Mobile Time. “Mas somente para as empresas escaláveis. E os profissionais brasileiros vão dar muita consultoria para os americanos em instant payment”, comenta. “O Brasil está um ou dois anos na frente. Há coisas ainda sem resposta nos EUA (no projeto do FedNow)”, compara.
Arquitetura escalável
A arquitetura do FitBank foi toda desenhada na nuvem para ser escalável, o que lhe permite expandir rapidamente, tanto no Brasil quanto internacionalmente. “Somos um empresa API first. Nosso sistema já nasceu global”, explica o CEO.
Além de processar pagamentos para outras instituições financeiras, o FitBank integra seu sistema a diversos ERPs, facilitando as operações bancárias das empresas que os utilizam.
“Pagamentos massivos são um dos nossos core. Somos o maior pagador de contas que não é banco no Brasil. Isso vem da integração com ERPs e também por atendermos praticamente todas as grandes fintechs do País. Viramos um pagador em grandes volumes. Nosso negócio é aquilo que acontece depois que a pessoa aperta o botão, mas com foco no B2B”, descreve o executivo.
Com essa estratégia, o FitBank vem dobrando seu volume de transações processadas ano a ano. Atualmente, está na casa de 35 milhões de transações e R$ 15 bilhões movimentados por mês.
O sucesso é atribuído, em grande medida, à arquitetura tecnológica da companhia, construída em torno dos conceitos de nuvem, APIs abertas, mobile e microsserviços. Farah defende que não se pode ter apego a sistemas legados: “senão a conta vai ser cobrada lá na frente”, resume.