No último fim de semana precisei atualizar uma plataforma para desktops que não tem presença no Brasil. Para fazer o update, um recurso que utilizei é a boa e velha Rede Virtual Privada (Virtual Private Network ou VPN, no original em inglês). Esse tipo de ferramenta de segurança é bem comum também no trabalho jornalístico, pois precisamos de funcionalidades do gênero para manter o relacionamento com fontes dentro e fora do Brasil.

Ou seja, a VPN entra como uma camada extra de proteção para contato via voz, vídeo e texto em um aplicativo de mensageria, por exemplo.

O app que usei foi o TunnelBear (Android, iOS). Já usava a ferramenta há algum tempo no PC, mas ainda não tinha baixado sua versão mobile. Me impressionou que ambos são muito bem integrados. Veja, instalei o app no handset, entrei com o mesmo login do PC e a plataforma me falou quantos GBs de navegação gratuita ainda tinha no mês de um total de 11 GB – independente do device.

Além disso, o app está quase todo em português (alguns trechos não foram traduzidos do inglês) e oferece uma lista com os servidores mais rápidos para acesso VPN do Brasil, como Estados Unidos e Canadá. Mas também permite acesso a servidor no próprio Brasil. Ao todo, o app tem acesso VPN em servidores de 47 países.

Por um lado, TunnelBear é muito fácil e intuitivo de mexer. Além da lista, o app mostra um mapa mundi com canos (iguais ao do Super Mário). Para acessar uma conexão VPN, o usuário pode simplesmente clicar em um cano e uma simulação mostrará o urso (símbolo da plataforma) cavando e fazendo sons habituais ao sair do Brasil para entrar na localidade do servidor VPN escolhido.

Porém, as funções mais robustas de TI, como escolher o protocolo da VPN (embora esteja automático por padrão), bloquear sites específicos e derrubar o tráfego por completo caso a VPN caia – e assim não expõe seu usuário – estão todas em inglês, de um modo que uma pessoa sem conhecimentos não consiga entender.

Ainda assim, o aplicativo é um dos mais tranquilos de se mexer. Se necessário, algo que é bem comum de acontecer quando falamos em segurança, a versão paga do app custa a partir de R$ 32 por mês para iOS e R$ 31 para Android com acesso ilimitado (sem limite de GB por mês), conexão em todos os dispositivos e acesso a servidores por cidades.

Outra configuração de destaque é bem rara, o usuário pode escolher entre uma dúzia de apps do urso símbolo da empresa. O logo definido será aquele que aparecerá em sua homescreen.

Obs.: Se você estiver em um dia ruim, aconselho uma visita ao site da empresa para alegrar seu dia (ou se inspirar), pois toda a comunicação deles é bem divertida. Mesmo a parte do ‘conheça a gente’ (‘About Us’, no original em inglês) tem no lugar da foto posada dos executivos, desenhos e biografias de suas versões como ursos. E eles chamam a sede deles em Toronto, Canadá, de ‘Caverna do Urso’. Essa comunicação leve em um tema pesado como segurança digital também é levada para o contato da empresa com os clientes. Por exemplo, ao responder os usuários da Play Store, o atendimento dá um rugido (Raw) seguido da frase de suporte.

 

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