O Itaú descarta, ao menos por enquanto, a possibilidade de criar uma MVNO ou adotar redes privativas 5G. Segundo Fábio Napoli, diretor de tecnologia do banco, as duas soluções não são interessantes para a operação do banco neste momento.
Em redes privativas para ações externas, os testes no OpenCare 5G fizeram a companhia entender as diferenças em comparação com a rede pública, além de 5G x 4G. Entre a quinta e a quarta geração, o executivo explicou que realmente enxergou um diferencial. Mas quando o assunto é entre privado e público não enxerga uma “vantagem no padrão”. Logo, Napoli explicou que a tendência é que o banco opte por não ter uma rede privativa, optando pelo uso da rede pública de uma operadora.
Por sua vez, em MVNO, o diretor explicou que ter uma operadora virtual não está no radar. O banco considerou montar uma operadora móvel virtual para seu negócio de adquirência, a Rede, mas essa opção não se mostrou vantajosa novamente. Para este cenário, o que o Itaú cogita é usar o network slicing sobre a rede 5G das teles.
Operacional
Sobre a instalação de redes FWA 5G para processos internos, que atualmente está em 100 agências do Itaú, Augusto Nellesen, superintendente do banco, afirmou que o projeto tem suas vantagens e se paga. Uma das vantagens é a estabilidade do sinal, o que dispensaria ter dois links de Internet. Também afirmou que essa solução se paga com a redução do custo de VPN.
Nellesen revelou a Mobile Time que a operação de VPN do Itaú tem em média 50 mil conexões diárias, isso em um universo de 90 mil funcionários. A companhia teve um pico de 78 mil acessos nesta operação, que é considerada a mais crítica de TI do banco, composta por três infraestruturas capazes de suportar até 200 mil acessos diários.
Imagem principal: Fábio Napoli, diretor de tecnologia do Itaú (divulgação: Itaú)