A AT&T anunciou que tem planos para fazer a implantação de redes de acesso abertas e interoperáveis, Open RAN (Open Radio Access Networks), em escala comercial nos Estados Unidos em parceria com a Ericsson. O acordo é de aproximadamente US$ 14 bilhões distribuídos em cinco anos e a intenção é chegar a uma cobertura de 70% do tráfego de telefonia móvel da AT&T nos Estados Unidos até 2026. Segundo a fabricante sueca, financeiramente, trata-se do maior negócio da história da empresa.
A Ericsson será a maior fabricante para “plataforma base” da AT&T, com um acordo centrado em criar uma rede programável aberta. Dessa maneira, a participação da Nokia, por sua vez, que representava de 5% a 8% de sua unidade de redes móveis na operadora, diminuirá nos próximos 2 a 3 anos, de acordo com a Reuters.
Em comunicado, a operadora norte-americana disse que espera ter sites de RAN aberta totalmente integrados operando em coordenação com a Ericsson e a Fujitsu a partir de 2024. “Esse afastamento das interfaces proprietárias fechadas permitirá o rápido dimensionamento e gerenciamento de hardware de fornecedores mistos em cada local de célula”, afirma em nota.
A partir de 2025, a AT&T também vai dimensionar o ambiente Open RAN em toda a sua rede sem fio em coordenação com vários fornecedores, como Corning Incorporated, Dell Technologies, Ericsson, Fujitsu e Intel.
À Reuters, o vice-presidente executivo de rede da AT&T, Chris Sambar, ressaltou que todos os novos equipamentos lançados pela empresa serão compatíveis com o Open RAN. Além disso, a AT&T já vem analisando o Open RAN há seis meses com uma equipe de centenas de pessoas – de acordo com um executivo –, e avaliou diversos fornecedores.