Inteligência artificial está na ordem do dia para o varejo mundial. De acordo com Carlos Alves, vice-presidente de tecnologia da Cielo, esse foi um dos temas mais discutidos na última edição da NRF 2024, feira do setor varejista norte-americano realizada há duas semanas.

“IA foi o assunto mais falado na NRF 2024. Veio para ficar. Pode aumentar a eficiência, gerar insights para vendas, melhorar o atendimento. Mas ainda há poucos casos de uso”, comentou Alves, em conversa com Mobile Time.

Na área de pagamentos, o executivo da Cielo vislumbra várias possíveis aplicações: ajudar na prevenção a fraudes; melhorar a experiência do cliente com chargeback; recomendar troca antecipada de máquinas de POS antes de darem defeito; propor recomendação dinâmica de dispositivo de pagamento de acordo com o perfil de vendas e de operação de cada estabelecimento etc.

Porém, qualquer aplicação de IA requer uma base de dados estruturados. Esse é um dos principais desafios, aponta Alves. “Se não tiver dados estruturados, não tem IA mágica que dê jeito. Não existe big data ou advanced analytics em cima de base dados suja ou não-íntegra”, alerta. Essa é uma dificuldade especialmente para empresas com sistemas legados. É preciso construir um data lake junto com um trabalho de “higienização” dos dados, recomenda.

Por fim, outras tendências que chamaram a sua atenção na NRF 2024 foram o avanço do social commerce mesclado com live commerce, especialmente via TikTok; a maior integração entre varejo físico e digital; e o crescente interesse por consumo consciente.

 

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