| Publicada originalmente no Teletime | Cinco provedores de redes não terrestres (NTN, na sigla em inglês) se uniram para formar a Mobile Satellite Association (MSSA). A associação tem o objetivo de criar um ecossistema global de tecnologia D2D (conexão direta do satélite ao dispositivo), para conectar serviços de satélite a equipamentos móveis.
As cinco companhias envolvidas na fundação da entidade são Viasat, Terrestar Solutions, Ligado Networks, Omnispace e Al Yah Satellite Communications (Yahsat). De acordo com as empresas, a MSSA foi fundada para alavancar o uso de espectro em banda L e banda S que está sendo alocado e licenciado para serviços móveis por satélite.
Para ampliar a cobertura móvel tanto para operadoras móveis como para serviços de Internet over-the-top (OTT), a MSSA vai se basear nas normas de padronização da 3GPP. A associação sem fins lucrativos planeja agora construir um ecossistema D2D composto por operadoras móveis, fabricantes e fornecedores de chips, entre outros.
A MSSA destacou que a utilização de espectro licenciado pelos serviços móveis de satélite possibilita que as redes espaciais ofereçam de maneira imediata serviços de IoT de banda estreita. O fortalecimento do ambiente regulatório para a modalidade, a proteção de interferência nas redes terrestres e a disponibilidade de mais espectro para o desenvolvimento de serviços 5G-NR são outras metas.
Entrada no D2D
A formação da entidade chega em um cenário de disputa acirrada dentro do mercado de serviços de satélite para celular. Em outubro do ano passado, a AST SpaceMobile conseguiu realizar uma chamada de voz 5G utilizando um satélite e um smartphone convencional. Já a Lynk Global também conseguiu feito semelhante em junho de 2023, utilizando rede 4G.
Outra companhia interessada em abocanhar uma fatia do mercado D2D é a SpaceX. Em janeiro, a empresa de Elon Musk se juntou com a operadora americana T-Mobile num experimento que enviou as primeiras mensagens de texto para celulares usando satélites da Starlink. Já o Brasil prepara novas regras temporárias em um sandbox regulatório para o D2D.
Satélite BlueWalker 3, da AST SpaceMobile. Foto: Divulgação