A Fintalk é uma startup que desenvolveu um motor de processamento de linguagem natural (PLN) focado especialmente para voice bots que falam português brasileiro e é direcionado para soluções financeiras. A solução é usada por grandes empresas como C&A, Stone, Cimed, Sky e Avenue (Itaú) e, recentemente, recebeu um novo aporte do fundo Revolution, que tem entre seus cotistas Jorge Paulo Lemann, e de ex-sócios do Banco Garantia. A ideia é que, com o montante, a empresa acelere a entrada de novos clientes como Cogna e Alloha. O valor total não foi revelado, mas sabe-se que a rodada foi seed. Vale dizer que, no geral, um aporte do tipo pode chegar a R$ 5 milhões.

“Estamos entrando nos bancos com nossa solução e decidimos fazer uma rodada para gerar continuidade. A gente cresceu mais do que a gente imaginava e precisamos dar conta dos novos clientes, cujo custo de aquisição é maior”, explica Luiz Lobo, CEO da Fintalk, em conversa com Mobile Time.

A empresa procura customizar seu PLN para cada cliente e pode ser combinado com outros algoritmos para aprimorar sua precisão. A Fintalk, então, entrega a solução pronta para ser integrada com qualquer canal de comunicação com o cliente – podendo ser URAs, WhatsApp ou webchat que são desenvolvidos pela empresa, no caso, chamado como FalaZap.

A Fintalk se serve de um grupo variado de profissionais para desenvolver sua solução. São jornalistas, antropólogos, biblioteconomistas que auxiliam na curadoria dos bots – sempre buscando um entendimento profundo do português brasileiro.

Lobo se diz orgulhoso dos últimos números da empresa. Em 2023, o volume de clientes cresceu três vezes. O número de funcionários também aumentou três vezes e o faturamento, por sua vez, cinco vezes. Já a quantidade de transações em chats conversacionais de todos os clientes registrou incremento de 4,5 vezes.

“Hoje temos 15 clientes grandes e esperamos dobrar no fim deste ano. Estamos falando de grandes bancos e grandes corporações”, explica.

Esses resultados chamaram a atenção da Distrito, que escolheu a Fintalk como uma das 17 startups de 400 inscritas para participar do GenAI Lab, programa para fomento de negócios baseados em inteligência artificial generativa.

O CEO comenta que muitos fundos estão atrás da empresa e que eles não devem se limitar a essa rodada neste ano. “No fim do ano faremos uma nova rodada. Vários fundos vieram atrás da gente. Tem gente interessada. Nossa ideia é avançar no Brasil e fazer um trabalho cuidadoso com as grandes empresas. Não queremos fazer espuma. A empresa quer solução rápida e a gente consegue fazer essas transações e ações para a base da pirâmide que tem dificuldade no mundo digital e escreve errado”, comenta.

De acordo com o CEO, as empresas varejistas que usam o bot da Fintalk reduziram em mais de 50% o custo de cobrança e aumentaram sua eficiência em 20%. E, consequentemente, houve uma redução importante de ligações para o call center e assim como da inadimplência.

Luiz Lobo, CEO da Fintalk. Foto: Ricardo Matsukawa/divulgação

 

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