Nos últimos 18 meses, o volume de reclamações relacionadas a conectividade móvel recebidas pela Riot Games no Brasil caiu entre 30% e 40%. A melhora coincide com o período de implementação do 5G no País, que melhorou a velocidade e a latência da Internet móvel, o que faz diferença significativa em jogos online como o Wild Rift (Android, iOS), versão móvel do popular League of Legends, desenvolvido pela Riot Games.
“O 5G está progressivamente ajudando a melhorar a experiência, sim. A latência e o jitter melhoraram muito nos últimos anos na rede móvel. Vimos uma redução significativa do volume de reclamações de desconexão em mobile, porque de fato houve melhoria na infraestrutura do País. Esse tipo de problema nem aparece mais no top 5 de reclamações dos nossos jogadores”, relata Diego Martinez, general manager Brasil da Riot Games, em conversa com Mobile Time.
Hoje, no Sudeste, a Riot Games registra latências da ordem de 20 ms na rede móvel, podendo chegar a 5 ms em cidades como São Paulo. No Nordeste, é maior, uns 60 ms. Mas dois anos atrás era de 30 ms no Sudeste e de 80 ms no Nordeste, lembra Martinez. E oito anos atrás passava de 100 ms, conta o executivo.
Parte da melhora também se deve ao investimento da Rio Games em infraestrutura. “A Riot é uma das poucas empresas de games que tem um departamento de engenharia de rede dedicado. Temos um centro de operação de rede (NOC, na sigla em inglês) em Los Angeles. E temos outros pelo mundo”, conta.
História
A Riot Games nasceu nos EUA em 2009, com o lançamento do League of Legends, um jogo do tipo Moba (Multiplayer Online Battle Arena) que conta com 180 milhões de jogadores espalhados pelo mundo. Em 2011, foi adquirida pela chinesa Tencent, desenvolvedora do WeChat.
Seus jogos são gratuitos, mas incluem venda de itens digitais para customização dos personagens. No mobile, a Riot Games usa os sistemas de billing da Apple e do Google para as vendas. Todos os seus títulos contam com um trabalho de localização, que não se limita à tradução, incluindo também alterações que levam em conta a cultura e a legislação de cada país.
Ilustração no alto: Nik Neves