A conexão de dados vai muito além do que experimentamos em ambientes mais urbanos, como em casa, onde lâmpadas respondem a comandos de voz, ou no varejo, que utiliza a Internet para gerenciar estoques e realizar transações via Pix ou cartão. No setor agrícola, o acesso à informação não é apenas essencial para a comunidade local desfrutar dos benefícios da conectividade, mas também para impulsionar o crescimento do Brasil.

Em áreas rurais, onde a presença de 3G, 4G, 5G ou fibra óptica é limitada, a conexão via satélite emerge como a melhor opção para garantir dados estáveis e velocidade adequada. Esse tipo de conectividade tem um impacto transformador, atuando como um divisor de águas para o setor agropecuário. E o argumento tem uma força ainda maior se levarmos em consideração que ainda 20% dos usuários de Internet no Brasil residem em áreas rurais, de acordo com a última TIC Domicílios.

A chegada da conectividade em áreas remotas traz avanços cruciais, começando por algo tão simples para quem está na cidade: a previsão do tempo a qualquer momento. Monitorar com precisão as condições climáticas permite que os agricultores, grandes ou pequenos, ajustem as suas práticas de plantio e colheita de acordo com os dados, mitigando perdas significativas de produção causadas por eventos climáticos adversos.

 Conectividade permite colheita com menor impacto ambiental

Além dos sonhos de produtividade direta, a conectividade melhora a gestão da cadeia de suprimentos. Com acesso constante à Internet, os agricultores podem se comunicar de forma eficaz com fornecedores para garantir que os insumos cheguem a tempo, além de coordenar com os clientes para uma entrega mais rápida e segura dos produtos. Menos desperdício e mais rentabilidade como resultados tangíveis desse processo.

A conectividade em áreas remotas também torna viáveis tecnologias agrícolas avançadas, como a agricultura de precisão, que depende de Internet confiável e informações como posicionamento por GPS. Utilizando drones e sensores, dados sobre culturas são coletados e empregados para otimizar o uso de recursos, como água e fertilizantes, identificando rapidamente locais onde pragas estão se proliferando. Isso não apenas aumenta a eficiência do produtor rural, mas também reduz o impacto ambiental.

Com informações detalhadas e tecnologia à disposição, especialmente com drones conectados, os agricultores podem aplicar defensivos agrícolas e fertilizantes de maneira mais precisa, reduzindo custos. Alguns modelos conseguem operar em áreas previamente mapeadas, economizando energia ao evitar sobrevoar áreas desnecessárias.

É importante lembrar, ainda, que uma fazenda conectada pode adotar um maquinário agrícola equipado com aquelas tecnologias mais avançadas, otimizando operações como plantio, adubação e colheita de forma ideal, resultando, claro, em mais produtividade.

O que gostaria de deixar como insight é que a Internet via satélite é a ferramenta que mais avanços tecnológicos pode trazer para áreas rurais remotas, tornando-as mais ágeis, frutíferas e sustentáveis. Produzindo mais com menos recursos, essas fazendas conectadas alcançam mercados antes inacessíveis, contribuindo não apenas para a rentabilidade local, para toda um ecossistema que é poderoso, mas que pode crescer muito mais. Eu acredito!

 

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