Além da limpeza da faixa 3,5 GHz, mudança de antenas analógicas para digitais e a mitigação da interferência satelital com o 5G, a EAF também é responsável pela elaboração da infraestrutura da rede privativa do governo federal, tanto a parte fixa, como a móvel. No entanto, apesar de avançados em processos de compras de equipamentos, com RFPs (Request for Proposals, em inglês) abertas ou em análise, esses trabalhos estão parados. Em conversa com a imprensa nesta terça-feira, 19, Leandro Guerra, CEO da EAF, explicou que, no momento, tanto a rede móvel quanto a fixa aguardam definições do governo federal.
Com relação à rede privativa móvel, a EAF está com as RFPs em andamento. “No momento, estamos avaliando as propostas”, explicou Guerra, que também aguarda as últimas definições da rede para evoluir no Distrito Federal. Vale lembrar que a rede móvel está restrita a Brasília.
Já a rede privativa fixa pretende ligar o DF com todos os estados do Brasil e conectar com prédios governamentais por meio de fibra ótica. São mais de 7 mil edifícios. Uma vez pronta, a rede será repassada para a administração da Telebras.
“Temos 27 redes para instalar no Brasil. Mas já avançamos em vários sentidos, como na aquisição de materiais e contratação de empresas que prestam serviços de instalação das redes. Neste momento, estamos na fase final da definição dos endereços que serão atendidos. São mais de 7 mil identificados pelo Ministério da Comunicação junto aos órgãos de governo”, explicou o CEO da EAF. “A rede fixa vai se integrar à rede da Telebras nas principais capitais”, contou Guerra. “Cabe à EAF implantar a infraestrutura e, quando terminar, entregar o ativo à Telebras”, continou.
Apesar da espera, o executivo afirmou que há tempo para encerrar o projeto no prazo estipulado pelo edital de 5G, ou seja, fevereiro de 2026.