A insurtech especializada em seguros cibernéticos Bluecyber recebeu recentemente um aporte pré-seed de R$ 7 milhões (US$ 1,5 milhão) das gestoras de venture capital Invisto.com.vc e Bossa Invest, entre outros investidores. Com o montante, a empresa adquiriu a Ismac, startup de Managed Detection and Response (MDR, ou serviço gerenciado de segurança cibernética). Além disso, a Bluecyber vai lançar ao mercado em 1º de junho um novo produto “mais sofisticado”, nas palavras de Eduardo Rocha, CEO da empresa, em conversa com Mobile Time. O executivo também comenta sobre a expansão para um país da América Latina planejada para o segundo semestre.
Os produtos atuais
No momento, a Bluecyber oferece seguros para o mundo cibernético a famílias e PMEs e contempla quatro tipos de serviço: assistência, proteção para hardware e software, monitoramento e indenização. Cada um deles funciona de maneira diferente de acordo com o tipo de seguro – se para pessoa física ou jurídica.
“Queremos ser o Netflix da sua proteção digital”, declara. Para isso, a empresa se distancia do modelo tradicional de seguradoras – que vendem um seguro com pagamento por um determinado tempo, e depois é preciso renovar – e oferece uma série de serviços como seguros contra golpes, miniaulas para que as pessoas saibam como se proteger e não ter senhas vazadas, por exemplo. E a pessoa ainda pode fazer downgrade, upgrade ou cancelar a qualquer momento.
As assinaturas mensais são por adesão para PJ vão de R$ 130 a R$ 500 e a somatória das coberturas oferecidas pelo plano mais caro pode chegar a R$ 500 mil. Já para as famílias, a mensalidade custa a partir de R$ 25 a R$ 100 e seu plano mais caro cobre até R$ 150 mil de indenização. Vale dizer que é possível contratar, aumentar o plano, reduzir ou cancelar a qualquer momento.
Os planos família cobrem situações como queda de Wi-Fi da casa, se não consegue fazer a configuração em um computador, se o console de videogame está com defeito, mas também quando uma conta é hackeada.
Já a cobertura do plano PJ oferece assistência em ataques cibernéticos, vazamento de dados ou queda da rede. Há ainda proteção como antivírus, mas também de hardwares e softwares. E, de monitoramento, a Bluecyber pode averiguar se houve vazamento de email, de senha ou se está acontecendo algum tipo de ataque.
A novidade
Com o aporte, a Bluecyber comprou a Ismac, startup de Managed Detection and Response (MDR, serviço gerenciado de segurança cibernética), especialista em tecnologias como inteligência artificial e machine learning que contribuiu para o desenvolvimento mais veloz de um novo produto. Este seguro será voltado para empresas de 50 a 1 mil funcionários, focando em oferecer uma maior indenização, e está em fase beta de teste e para ser lançado no dia 1º de junho. “Vamos fazer um produto mais sofisticado, com um maior número de coberturas e somatório de indenização de até R$ 10 milhões”, explica Rocha.
“Ou seja, se nos seguros anteriores havia um peso maior em assistência, proteção e monitoramento na comparação com a cobertura, neste novo produto os fortes são monitoramento e proteção securitária”, complementa o executivo.
Expansão
A Bluecyber também planeja expandir para México, Colômbia ou Chile a partir do segundo semestre. Como sua parceira de seguros é a Sura e ela está em vários países da região, a expansão fica mais fácil, explica Rocha. “Nosso propósito é simplificar e massificar os seguros em toda a América Latina. E eles (Sura) estão em sete países diferentes. É uma parceria estratégica para que a gente possa atingir o propósito de operar nesses países”, diz.
A insurtech também pretende aumentar o número de colaboradores, passando de 20 para 50 até junho. A ideia é receber profissionais especializados em cibersegurança, seguros e engenharia de desenvolvimento. “2024 é o ano para tracionar”, resume.
Foto: Eduardo Rocha, CEO da Bluecyber. Crédito: divulgação