| Matéria publicada em Mobile Time Latinoamérica | A empresa de telecomunicações chilena Wom Chile apresentou um pedido de falência aos tribunais dos Estados Unidos, após falhar em sua tentativa de refinanciar uma dívida de US$348 milhões que vencia em novembro de 2023. A empresa foi obrigada a recorrer ao Capítulo 11 da Lei de Falências em Delaware, EUA.
O pedido de falência inclui entre US$ 1 mil e US$ 10 milhões em passivos e ativos, respectivamente, o que permite à Wom continuar operando enquanto elabora um plano para saldar suas dívidas com os credores.
Wom Chile entrou no mercado das telecomunicações em 2015 com uma aposta de desafiar os operadores tradicionais de telecomunicações no Chile, oferecendo planos mais econômicos e uma estratégia de marketing que chamou a atenção do mercado. Apesar de seu rápido crescimento em usuários, não apenas no Chile, mas também em outros países da América Latina, a empresa enfrentou dificuldades para manter sua liquidez.
Na segunda-feira, o CEO da Wom, Chris Bannister, expressou seu compromisso em maximizar o potencial comercial de longo prazo da empresa e continuar fornecendo o melhor serviço aos clientes. No entanto, os títulos da empresa em 2024 caíram abaixo de 30 centavos de dólar devido a preocupações com sua liquidez.
O pedido de falência não implica a liquidação imediata da empresa, mas busca reorganizar suas finanças para poder continuar operando. Espera-se que a Wom Chile conte com o apoio do JPMorgan, que teria fornecido financiamento de US$200 milhões sob o conceito de ‘Debtor In Possession’, destinado a melhorar sua liquidez durante este período.
Além disso, durante o processo de falência, a Wom contará com o apoio de assessores legais e financeiros especializados para orientar sua reestruturação e proteger o valor da empresa.
O futuro da Wom Chile permanece incerto enquanto a empresa trabalha em seu plano de reorganização. No entanto, o compromisso do CEO e o apoio de seus assessores sugerem que a empresa está determinada a superar esse desafio e continuar fornecendo serviços a seus mais de 8 milhões de clientes no Chile.
Diante do anúncio, o operador esclareceu por meio de um comunicado que, no caso da Colômbia, essa decisão não afetará o serviço e o funcionamento no país e que as operações da Wom Colômbia e Wom Chile são totalmente independentes.