Os executivos de TI do Bradesco e do Banco do Brasil acreditam que suas empresas devem se preparar para um futuro com ataques hackers baseados em computação quântica, assim como para os avanços benéficos que essa tecnologia trará para o setor financeiro. Durante o Cisco Engage 2024, evento que comemora os 30 anos da empresa no País, Cíntia Scovine, diretora executiva de TI do Bradesco, alertou inicialmente para os perigos envolvendo a computação quântica.

A executiva lembrou que a adoção de novas tecnologias é rápida na indústria do cibercrime, e deu o exemplo da inteligência artificial, que é usada atualmente para tentar entender os modelos de proteção das empresas e para fazer ataque DDoS de maneira massiva. Com isso, Scovine prevê que até a próxima década deve existir modelos comerciais de computadores quânticos que podem ser usados para ataques e, para isso, o banco está “mapeando todos os sistemas para fazer a proteção no futuro”.

Por sua vez, Paulo André Rocha Alves, CTO do Banco do Brasil,  explicou que, na parte quântica, a instituição tem “um time avaliando as hipóteses” de uso, como precificação de derivativo. O executivo acredita que esse tipo de avanço pode ocorrer em cinco anos e com isso as empresas financeiras devem ficar preparadas, seja pela segurança ou pelo futuro do cliente.

A diretora do Bradesco explicou ainda que a computação quântica pode ser explorada para melhorar não apenas a precificação de derivativo mas também a simulação de riscos, devido à sua capacidade computacional.

Por sua vez, Ricardo Mucci, presidente da Cisco Brasil, afirmou que a companhia trabalha no desenvolvimento de soluções contra ataques de computação quântica, ao colocar códigos flutuantes diretamente na porta do switch. Inclusive com algumas provas em curso.

Imagem principal: Ricardo Mucci, presidente da Cisco Brasil, apresenta executivos de BB, Bradesco e Petrobrás para o público do Cisco Engage 2024 (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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