A Bemobi terminou o primeiro trimestre de 2024 com um lucro líquido ajustado de R$ 22 milhões, uma alta de 15% contra R$ 19 milhões de um ano antes. Em seu perfil no Linkedin, o CEO da companhia, Pedro Ripper, afirmou que o resultado está ligado ao momento de alta nas vendas e entrada de novos clientes.
Essas empresas, em sua maioria de serviços essenciais, estão usando principalmente a solução customizada de engajamento de cliente e pagamentos. Ripper escreveu ainda que após um 2023 estável, a Bemobi espera entrar em “um novo ciclo de crescimento sustentável” nos próximos trimestres, em um movimento apoiado pela sua liderança em pagamentos recorrentes e soluções para essas companhias.
Vale dizer que sete das dez principais companhias de serviços recorrentes são clientes da Bemobi, como as operadoras TIM, Claro, Vivo e Oi, além das concessionárias de energia Energisa, Equatorial, Neoenergia e Enel.
Porém, a fornecedora de soluções ainda registrou impactos de aproximadamente R$ 7,3 milhões na receita com câmbio e a migração de clientes da Oi móvel para outras operadoras. Mas o primeiro trimestre de 2024 já começa a ver uma melhora sequencial nas operações internacionais.
Com isso, a receita líquida ajustada da empresa foi de R$ 142 milhões no primeiro trimestre de 2024, um crescimento de 3,5% com R$ 137 milhões na comparação ano a ano. Os gastos da Bemobi tiveram queda de 1%, totalizando R$ 56,5 milhões, ante R$ 57,5 milhões do primeiro trimestre de 2023. E o EBITDA ajustado foi de R$ 46,5 milhões, uma alta de 7% se comparado com os R$ 43,5 milhões do ano anterior.
Operacional
Dos dados operacionais, a Bemobi registrou um volume total de transações (TPV) de R$ 2 bilhões, crescimento de 38% se comparado com R$ 1,4 bilhão do primeiro trimestre de 2023. Esse resultado foi guiado pela retomada dos pagamentos digitais nas operadoras e crescimento orgânico dessa vertical nas utilities.
Em SaaS, a companhia viu um aumento de 29% nas licenças ativas, de 6,5 milhões para 8,4 milhões, um movimento puxado pelo crescimento em clientes como ISPs, escolas e a Agenda Edu (Android, iOS) – app de educação da Bemobi que terminou o trimestre com 1.061 escolas como clientes.
E as transações de microfinanças foram iguais ao anterior, 81 milhões, em uma estabilidade puxada por dois movimentos:
- Expansão das transações baseadas na ferramenta de score de crédito no México;
- Queda no volume de transações de antecipação de saldo/recarga, devido as renegociações de contratos.
Em assinaturas digitais, a companhia teve uma queda de 10,5%, de 27,5 milhões para 24,5 milhões. Novamente, o resultado foi impactado pelo câmbio e pela migração de clientes da Oi móvel, mas teve uma recuperação sequencial no exterior (México e Paquistão).
Receitas por negócios
Do faturamento da Bemobi, o negócio de pagamentos é o principal destaque, com R$ 50,5 milhões, aumento de 17% contra R$ 43 milhões de um ano antes.
Com essa crescida, o segmento de pagamentos responde por 35,5% da receita da empresa, um incremento de 3,1 pontos percentuais contra 32,4% de um ano antes. Se juntar pagamentos digitais com SaaS (22,5%), as duas respondem por 58% do total da receita. Isso acontece principalmente pela queda das assinaturas digitais em 5 pontos percentuais, que fechou o trimestre respondendo por 29,5%.
Vale dizer, dos R$ 142 milhões da receita total da companhia, 64% são gerados no Brasil e 36,5% no exterior.
Imagem principal: Pedro Ripper, CEO da Bemobi (Foto: divulgação)