O Nubank (AndroidiOS) utilizará o lucro obtido para fazer sua  expansão internacional. Durante encontro da imprensa com os executivos do banco nesta quarta-feira, 15, Guilherme Lago, CFO da instituição, afirmou que o montante não será dado em dividendo para os acionistas ou em recompra de ações.

“100% desse lucro será reinvestido na companhia, em dois lugares principalmente. O primeiro é o desenvolvimento de novos produtos e novas experiências. Vamos acelerar aquilo que chamamos de ‘roda de crescimento e geração de valor’ (em inglês, ‘flywheel’), que é gerar mais produtos para melhorar as experiências, que devem atrair mais clientes, aumentar o engajamento e escala; vamos trazer mais dados que ajudam a diminuir os preços dos produtos; melhorar a percepção do cliente e gerar mais cliente”, explicou sobre o círculo virtuoso que a companhia mantém há dez anos.

“O segundo lugar que vamos investir os lucros é na expansão internacional”, afirmou. A ideia é usar o Brasil como gerador de caixa e o que há em excesso para financiar as expansão no México e na Colômbia.

No resultado do primeiro trimestre de 2024, o banco registrou um lucro líquido de R$ 380 milhões, mais que o dobro (167%) dos R$ 142 milhões de um ano antes, um movimento que está fortemente ligado ao crescimento da base de clientes que chegou aos 99 milhões no final de março, mas passou dos 100 milhões de clientes neste mês de maio – a maioria deles no Brasil.

Por sua vez, o caixa da companhia era de US$ 6 bilhões, um incremento de 2% ante US$ 5,9 bilhões do primeiro trimestre de 2024.

Crédito, base e produtos

Lago afirmou ainda que o banco é atualmente o segundo em clientes ativos com acesso ao crédito no Brasil, segundo dados do Banco Central. A fintech fica apenas atrás do Itaú, mas, David Velez, CEO do Nubank, disse que a meta até o final de 2024 é passar o rival e ser o primeiro banco.

Cristina Junqueira, cofundadora e chief growth officer do Nubank, disse que “o mercado é competitivo” e caberá ao cliente “escolher quem é o melhor, quem respeita o dinheiro dele”.  Também afirmou que o “cliente consome cultura, não apenas produto” e, por isso, precisam “refletir o que é a base do banco” e o que essa base precisa: “Antes tínhamos early adopters, agora nós temos menores de idade e idosos”, completou.

“Para os próximos 100 milhões, nós queremos trabalhar para merecer a vida financeira deles”, concluiu Junqueira.

Mesmo com essas metas em crédito e utilização da base, Velez ressaltou que o objetivo da fintech não é ficar à frente de seus rivais, mas resolver as complexidades do consumidor: “Em 2012, nós começamos uma tese simples que estamos executando até hoje e vamos continuar: empresas de tecnologia têm uma série de vantagens competitivas ante os incumbentes. Vimos que isso aconteceria no mundo”, completou o executivo.

Imagem principal: Guilherme Lago, CFO do Nubank, apresenta o conceito de círculo virtuoso da empresa (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)

 

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