| Publicado em Mobile Time Latinoamérica | No contexto do Conecta Colombia, evento realizado nos dias 29 e 30 de maio em Bogotá, os principais representantes das operadoras de telecomunicações do país se reuniram para discutir os desafios e oportunidades trazidos pela chegada da tecnologia 5G. Além disso, o governo apresentou suas perspectivas e desafios para apoiar a implementação e cobertura do 5G, especialmente nas zonas rurais e remotas, assim como no setor empresarial.

O vice-ministro de Conectividade, Gabriel Jurado, falou sobre a transformação digital como uma ferramenta para melhorar a qualidade de vida, aumentar os rendimentos e reduzir a pobreza. Ele mencionou que o acesso global à Internet móvel cresceu 2.535% de 2007 a 2024, e que se espera que os rendimentos das telecomunicações através da Internet móvel cresçam 6,3 vezes até 2028.

Jurado indicou que o tráfego de dados móveis na Colômbia cresce a um ritmo anual de 35%, e que 47,6% dos rendimentos das telecomunicações provêm da Internet móvel. No entanto, após a pandemia, a tendência dos rendimentos tem sido negativa devido ao rápido desenvolvimento tecnológico, o que apresenta um desafio tanto para as empresas quanto para o Estado, já que as companhias não possuem a força financeira necessária para realizar investimentos na atualização da infraestrutura tecnológica.

Por isso, embora esse crescimento tenha se tornado uma oportunidade, também é um desafio para as Telcos, pois o negócio não se focará mais apenas em fornecer serviços móveis, mas em criar melhores experiências para as empresas e serviços para os clientes finais. Jurado sublinhou que o 5G aumentará o tráfego de dados graças à Internet das Coisas (IoT) e que as redes de dispersão serão majoritariamente de fibra óptica, por isso é para onde o negócio deve se direcionar.

O vice-ministro destacou que o 5G permitirá às operadoras a possibilidade de criar ecossistemas com plataformas de inovação digital em torno do IoT. Além disso, mencionou que as empresas devem oferecer uma melhor experiência de usuário e planos adicionais, além da conectividade, como aplicações para o setor corporativo.

Nesse ponto, chamou a atenção para um debate pendente na Colômbia entre o governo e as empresas, que é o de “fair share“, também conhecido como network fee, ou seja, que grandes usuários das redes de telecomunicações, como as big techs, deveriam pagar pela ampliação das redes. Um tema sobre o qual o governo colombiano ainda não tomou uma decisão, mas que busca discutir com as operadoras.

Desafios do 5G

Em relação aos desafios que as operadoras enfrentam para levar o serviço a mais áreas do país, Roberto Puche, CTO da Telefónica Movistar, sublinhou a importância de contar com redes autônomas de serviços e mencionou a colaboração com outras operadoras para desenvolver soluções locais que aproveitem tanto a rede móvel quanto a fixa.

Héctor Pérez, CTIO da Tigo, afirmou que o objetivo principal da companhia é oferecer o melhor serviço de rede possível. Indicou que o desenvolvimento do 5G deve ser ampliado, chegando a mais regiões com a infraestrutura necessária. Sublinhou a importância de otimizar os processos operacionais e de economia de energia, e reafirmou o compromisso da Tigo de manter a melhor rede móvel do país.

Nestor Gustavo Bergero, Diretor Corporativo de CTIO da Claro, destacou que a Claro é a empresa que chegou à maioria dos municípios com tecnologia 4G, e que o desafio é continuar estendendo a conectividade às comunidades. Bergero também mencionou o desenvolvimento de um centro de processamento de dados regional para otimizar a rede.

 

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