[Atualizado às 19h21 25/06/2024 com posicionamento da companhia] O diretor geral da Kyndryl no Brasil, Spencer Gracias, afirmou que a companhia tem vontade de realizar mais fusões e aquisições no mercado de integradores e consultores. Em conversa com a imprensa especializada nesta terça-feira, 18, o executivo da empresa afirmou que o “apetite para M&A” é constante e que sempre “olham o investimento correto” para ampliar o seu portfólio, ou seja, não tem um alvo específico.
Deu como exemplo a aquisição da SkyTap em maio, uma empresa que ajuda a acelerar o avanço de seus clientes na nuvem.
Paralelamente, o diretor da provedora de serviços de infraestrutura de tecnologia ainda afirmou que também atuam forte com consultoria para se aproximar de seus clientes e gerar benefícios ao negócio deles: “Temos investido muito em consulting com o nosso time que está nos nossos clientes diariamente para que eles possam avançar mais, disse.
Afirmou ainda que “ser um grande integrador está no DNA da empresa”, em especial pelo fato de o mercado estar com várias plataformas que precisam ser integradas e administradas em conjunto, algo que é feito com apoio de seus parceiros tecnológicos, como Microsoft, Cisco e Nvidia.
Criada a partir de um spin-off da IBM em novembro de 2021, a Kyndryl tem atualmente 80 mil funcionários, presença em mais de 60 países e 215 datacenters. Sua atuação é baseada em duas formas: Kyndryl Bridge (integração) e Kyndryl Consult (consultoria). Entre seus serviços estão soluções de nuvem, conectividade com redes (edge computing, 5G e redes privativas), automação e inteligência artificial.
No Brasil, Gracias afirmou que 60% dos seus clientes são do setor financeiro e varejo, 25% de automotivo e manufatura e 15% de telecomunicação e saúde.
Segurança
Após dois anos de atuação no mercado, a Kyndryl aproveitou o evento desta terça-feira para expandir suas ofertas para empresas com a criação de seu primeiro Centro de Operações de Segurança (SOC) no Brasil. Sediado em Hortolândia/SP, cidade próxima de Campinas, o espaço mira atender empresas de todos os tamanhos e está integrado com a operação global da companhia que tem 7,5 mil profissionais apenas para segurança e resiliência.
De acordo com Xerxes Cooper, presidente de mercados estratégicos da companhia, o pilar de segurança era a parte que faltava para atender os clientes do mercado brasileiro de forma integral, uma vez que as outras duas pernas (inovação e modernização) a Kyndryl já atua com atualização de legado e estruturação e governança de dados para levar às empresas a novas jornadas, como a inteligência artificial.
Construído e oferecido em blocos, o SOC da Kyndryl para o Brasil tem:
- Assessoria com consultoria para preparar o ambiente de segurança e evitar incidentes de segurança;
- Os times de CISRF (Cybersecurity Incident Responses and Forensics) que fazem a contenção do ataque e que faz o pós-incidente (forense);
- A implementação de novas ferramentas e modernização de aplicações antigas;
- O gerenciamento com o MDR (Managed Detection and Response) para detecção e resposta de ameaça, um serviço proativo que investiga se um alerta é uma ameaça;
- Security Operation as a platform (SOaaP), uma plataforma global de integração de segurança para monitorar, detectar, prevenir e responder as ameaças mais recentes;
- E o Kyndryl Bridge para integração e o entendimento do todo de TI no cliente.
Estratégia de segurança
Maurício Suga, líder de prática de segurança & resiliência e network & edge da Kyndryl Brasil, afirmou que a solução é pertinente para empresas de todos os tamanhos: “A ideia é entregar uma capacidade do mercado com ambiente, segurança e trabalho investigativo mais assertivo”, disse.
Para entender o momento de cada cliente para adicionar esses blocos, a integradora faz uma análise de maturidade (Customer Journey) com pontos fortes, fracos e projeções para entender qual bloco faz sentido.
Apesar de a operação ser nova, Suga afirmou que o fato de o SOC estar ligado a outras operações no mundo traz uma maturidade única. Com base em dados globais, Suga explicou que a expectativa é entregar uma disponibilidade de serviço de 93% e agilidade na detecção de 39%.
“Conversando com CISO, a preocupação deles é a complexidade dos ataques. Por isso eles buscam pela simplificação dos projetos de segurança. Antes era nicho e hoje temos desafio de integração. Quanto mais nichado, maior os gaps e brechas para explorar”, relatou o líder da Kyndryl. “Para o futuro, os CISO querem fazer integração de provedores. Não tem estratégia de defesa 100% eficaz, mas todas precisam antecipar, proteger, resistir e recuperar muito rápido”, concluiu.
Imagem principal: Spencer Gracias, diretor geral da Kyndryl no Brasil (crédito: Henrique Medeiros/Mobile Time)