Depois de iniciar as operações em 2023 em Florianópolis (junho) e Porto Alegre (novembro), a Whoosh, empresa russa de aluguel de patinetes, chega ao Rio de Janeiro. Inicialmente, serão 1,2 mil equipamentos espalhados em 200 pontos de Leblon, Ipanema e Copacabana. Ao longo do próximo mês o serviço será expandido para outros bairros da Zona Sul e chegará na Zona Norte, como Tijuca e Maracanã. A expectativa é chegar a 2,6 mil patinetes nos próximos três meses e 550 pontos de estacionamento na cidade. A Whoosh tem um diferencial para as outras empresas que falharam na oferta de patinetes: ela chega com o aval da Prefeitura do Rio de Janeiro e procura se aproximar do poder público para atuarem juntos.
A Whoosh é uma das selecionadas do Sandbox.Rio, projeto promovido pela prefeitura carioca para que empresas testem seus produtos e serviços na cidade que envolvam inovação e tecnologia. Como contrapartida, o município terá acesso aos dados dos projetos, que poderão ajudar no aprimoramento de regulamentações e no desenvolvimento de políticas públicas.
Estações virtuais
A empresa faz questão de se diferenciar dos projetos anteriores que fracassaram em levar o patinete como modal de transporte para as cidades. Além do aval das prefeituras, a Whoosh delimitou estações para o estacionamento das patinetes. A diferença é que são virtuais. O chão é demarcado para que o usuário identifique onde elas estão e só poderá entregar o equipamento se estiver no local certo. Dessa forma, a cidade fica mais organizada, sem os equipamentos espalhados.
“As operações anteriores trabalhavam no modelo free float onde os usuários podiam parar em qualquer lugar. A gente trabalha com pontos de estacionamentos específicos para manter uma ordem na cidade. É uma estação virtual, mas se a pessoa não estiver no ponto específico ela não finaliza a corrida”, explica.
As estações ficam estrategicamente nas ciclovias ou perto de pontos de ônibus ou estações de metrô. A ideia é que as pessoas usem a patinete para o last mile.
O equipamento
Outro ponto é que a patinete tem 40 quilos, é parruda e não pode ser conduzida por menores de 18 anos. “A patinete não é um brinquedo, mas um meio de transporte. Ele é de última geração, não tem pecinhas móveis, não funciona se não estiver no sistema e possui controle de vandalismo”, enumera Francisco Forbes, CEO da Whoosh Brasil, em conversa com Mobile Time.
As trocas das baterias acontecem nas próprias estações, sem que precise levar o equipamento para algum lugar. Para isso a empresa espera ter cerca de 70 pessoas para fazer a troca da bateria, mas também os deslocamentos de patinetes de uma estação para outra (caso um ponto tenha em excesso e outro poucas disponíveis).
Whoosh em Floripa e PoA
Forbes explica que o resultado da Whoosh em Florianópolis e Porto Alegre foi além do esperado. Atualmente, as duas cidades somam 800 mil usuários ativos, ou seja, que que usaram ao menos uma vez o aplicativo e 40% dos usuários são recorrentes, ou seja pessoas que compram os pacotes semanal e mensal.
“Aceitação nessas cidades foi excelente. Primeiro por conta da parceria com as prefeituras para o acompanhamento e controle de tudo. A gente trabalha integrado com as prefeituras e já começa assim no Rio. E superamos o que esperávamos de resultado para as duas cidades, mesmo sofrendo com uma baixa em Porto Alegre por causa da tragédia”, comenta o executivo.
Para a cidade, a Whoosh está finalizando a integração do app com o cartão de transporte público para oferecer descontos no aluguel da patinete.
Preços
O serviço estará disponível 24 horas por dia, com uma taxa de desbloqueio de R$ 2 e um custo adicional de R$ 0,80 por minuto de uso. Os pagamentos poderão ser feitos por cartão de crédito ou Pix.
O plano semanal custa R$ 6 e os desbloqueios são grátis e ilimitados; paga-se somente pelos minutos.
O plano mensal custa R$ 14 (com sete dias grátis); paga-se pelos minutos.
E o plano anual custa R$ 35; paga-se pelos minutos.
Todos os planos têm desbloqueios ilimitados.
A Whoosh
A Whoosh é uma empresa russa, de capital aberto que oferece aluguel de patins para mais de 60 cidades em várias partes do mundo. Na América Latina, além de Florianópolis, Porto Alegre e Rio de Janeiro, também está presente em Santiago e Temuco, no Chile, e Lima, no Peru.