| Mobile Time Latinoamérica | O recente relatório publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Finnovista revela uma importante expansão do ecossistema fintech na América Latina e no Caribe (ALC) nos últimos anos, com um crescimento especialmente no número de empreendimentos. No final de 2023, as plataformas fintech da região alcançaram um recorde de 3.069 empresas distribuídas em 26 países. Comparado com 2017, esse crescimento representa um aumento de mais de 340% no número de fintechs na região.

As economias que concentram a maior quantidade de fintechs são Brasil, México e Colômbia, que juntos abrigam 57% do total dessas empresas na América Latina.

Durante o período analisado (2017-2023), os segmentos que mais se destacam são: Pagamentos e Remessas (21% do total de empresas na região), Empréstimos (19%) e Gestão de Finanças Empresariais (13%). Esses segmentos mostraram uma forte capacidade para atender pessoas e empresas sub-bancarizadas ou não bancarizadas, evidenciando o impacto positivo das fintechs na inclusão financeira da região.

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México, Brasil e Colômbia com maior crescimento de fintechs

Em 2023, Brasil e México mantiveram sua posição de liderança, abrigando 722 (23,53% do total de empresas) e 618 (20,14%) empreendimentos fintech, respectivamente. Ambos os países representam quase 44% do total de empresas fintech na América Latina e no Caribe. A Colômbia segue de perto com 409 empresas (13,33%), seguida pela Argentina com 312 (10,17%) e Chile com 305 (9,94%), somando juntos 33,44%. Esses cinco países concentram 77,1% do total de empresas fintech da região.

Outros países mostram um crescimento emergente no setor fintech. Peru (5,31%), Equador (3,03%), República Dominicana (2,12%), Uruguai (1,69%), Costa Rica (1,56%) e Guatemala (1,11%) representam 14,8% do total. Por outro lado, um grupo integrado por Panamá, Bahamas, Paraguai, El Salvador, Bolívia, Jamaica, Honduras, Venezuela, Belize, Barbados, Nicarágua, Guiana, Haiti, Trinidad e Tobago e Suriname soma 8,1%.

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Investimento e Regulação

Atualmente, 57,32% das fintechs têm como público-alvo grupos sub-bancarizados ou não bancarizados. Em termos de investimento, as fintechs estão diversificando suas fontes de financiamento e explorando novas estratégias de crescimento, como fusões e aquisições. O relatório também menciona avanços na regulação de segmentos fintech selecionados e inovações regulatórias. Além disso, apresenta a percepção da indústria em relação ao ambiente regulatório e analisa dados novos coletados em uma pesquisa direcionada a autoridades financeiras.

Nos últimos anos, os países da região avançaram na implementação de marcos regulatórios e inovações como os sandboxes regulatórios e a supervisão tecnológica (Suptech), promovendo assim o desenvolvimento do ecossistema fintech e a adoção de serviços financeiros digitais. Destaca-se também a importância da colaboração público-privada para institucionalizar esses avanços regulatórios e assegurar um ambiente propício para o crescimento do setor.

 

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