Embora o modelo de pagamento instantâneo estabelecido pelo Pix ainda não seja uma realidade para muitos países do mundo, Carlos Netto, CEO da Matera, é otimista sobre a possibilidade de uma ferramenta do gênero em esfera transfronteiriça. Nesta terça-feira, 25, o CEO falou em um dos painéis da Febraban Tech. Ele acredita que a tendência é que seja criada uma big tech, que comporte as financeiras de cada país e torne possível a interação entre elas.
Rodrigo Nardoni, vice-presidente de tecnologia da B3 Digital, também vê cenário semelhante. “A palavra-chave nos próximos anos será interoperabilidade. Criar uma rede em que as soluções financeiras de diferentes países interajam”, explica.
Enquanto isso não acontece, o Pix vai caindo no gosto dos brasileiros. Somente em maio deste ano, mais de 5 milhões de transações foram realizadas através da modalidade de pagamento. A boa aceitação não se concentra apenas no público geral, mas em grandes empresas também.
“O ecossistema do Pix vem mudando todo o setor bancário. Quem não aceita esse tipo de pagamento, acaba perdendo espaço, ele deixou de ser um diferencial e passou a ser um requisito”, disse Carlos Eduardo Domingues Alves, vice-presidente da Cielo.
A ferramenta é considerada um mecanismo de democratização financeira, já que muitos usuários passaram a fazer transferências em dinheiro através dela. Por essa razão, Netto defende que instituições públicas e empresas entendam essa preferência. “Seria muito bom que, ao invés do código de barras, tivesse um QR code no lugar. Isso facilitaria muito e reduziria a inadimplência”, explica.