Cerca de 98% das transações do Bradesco são feitas pelos canais digitais, segundo Cristina Pinna, diretora de TI do banco. Em meio a esse percentual, o carro-chefe é o Pix que cresceu nos últimos três anos e impulsionou um aumento de 70% nos pagamentos digitais. “O Pix oferece valor agregado: transação rápida, eficiente e gratuita. Ele criou uma estrutura tecnológica importante para desenvolvermos outras formas de pagamento instantâneo”, disse a diretora em painel da Febraban Tech, nesta terça-feira, 25.

Um dos principais criadores do Pix, Carlos Eduardo Brandt, chefe da gerência de gestão e operação do Pix do Banco Central do Brasil, defende a ferramenta como renovadora, especialmente pelo seu teor de inclusão. Além disso, ele considera que “se trata de uma possibilidade da modernização e digitalização das instituições do País, usuários e governo”. Porém, em relação aos próximos passos, ele não estabeleceu datas, apenas reiterou que o Pix recorrente e por aproximação são pautas discutidas no Bacen.

Apesar da ascensão da modalidade de pagamento, ainda 4,3 milhões de brasileiros não têm acesso a bancos, segundo dados do Instituto Locomotiva.

Oportunidades e desafios

A expansão da ferramenta financeira já é tratada como uma questão de tempo. Flávia Davoli, sócia e CEO de produtos do Santander, considera que “sairá na frente aquele que conhecer melhor o cliente e conseguir ofertar a melhor solução no momento mais adequado”.

Ela também pondera que em meio aos avanços tecnológicos cada vez mais rápidos, a segurança digital também precisa ser reforçada. Opinião semelhante à de Pinna, que defende que “as grandes instituições ajudem a sociedade a sair desse mundo de golpes e tenha uma educação continuada sobre  assunto”.

 

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