A Petrobras deve concluir as avaliações para uso do 5G privativo até o final de agosto. Atualmente, a companhia está com uma prova de conceito (PoC) em uma unidade industrial na frequência de 3,7 GHz cedida pela Anatel, informou Maximilliam Vieira, consultor sênior de tecnologia da estatal.
Durante o MPN Forum, evento de redes privativas organizado por Mobile Time nesta quinta-feira, 27, em São Paulo, Vieira explicou que a companhia avalia os casos de uso com apoio da ABDI, PTI (Parque Tecnológico de Itaipu) e da operadora Vivo.
De acordo com o executivo, a ideia é tentar entender os “diferenciais do 5G” ante o 4G em diferentes aplicações. Entre os casos de uso com 5G está o de robôs da Boston Dynamics, seja por controle remoto ou com operação autônoma.
LTE
Vieira também explicou que atualmente a companhia tem rede privativa 4G (LTE) em 11 unidades onshore (em terra) e 21 em offshore (no mar). Além disso, a companhia está conectando as plataformas petrolíferas na Bacia de Campos com cabo submarino para irradiar 4G nessas plantas marítimas.
Nas unidades da Petrobras com 4G, os casos de uso em curso são o controle remoto de veículo submarino multipropósito e sensorização de equipamentos IoT para manutenção preditiva de máquinas e motores.
O consultor da estatal explicou que a vantagem do 4G nas unidades é a redução de consumo de enlace de rede por microondas e comunicação via satélite. Também explicou que a estratégia da operadora em redes celulares privativas é ter um gateway com o 4G como a rede principal, mas trabalhando em conjunto com outras tecnologias como 5G, LoRa e Zigbee.
Foto: Maximilliam Vieira, consultor sênior de tecnologia da Petrobras. Crédito: Marcus Mesquita/Mobile Time