A Comissão da União Europeia concluiu que a Apple resolveu os problemas de competição que restringiam aplicativos de carteiras digitais externas a usarem o NFC de dispositivos como iPhone e Apple Watch para pagamento por aproximação (contactless).

Com a decisão desta quinta-feira, 11, apps de terceiros poderão usar o NFC da Apple, assim como ocorre nos dispositivos Android. Até então, os usuários podiam usar apenas a Apple Pay (iOS) como forma de pagamento contactless no ecossistema da fabricante norte-americana.

Em janeiro, a Apple se comprometeu com outras funções, mas, após uma reunião em fevereiro, a UE pediu mais comprometimento da companhia, incluindo:

  • Ampliar a possibilidade com a iniciação de pagamentos com apps de carteiras (aqui dentro da função Host Card Emulation, HCE);
  • Permitir a combinação de apps de carteiras com outras funcionalidades de NFC;
  • Remover a barreira que exigia a certificação ou acordo de provedor de pagamento (PSP na Europa);
  • Manter os aplicativos de terceiros atualizados sobre regras e padrões da indústria que estão presentes no Apple Pay;
  • Permitir que as carteiras externas sejam colocadas como padrão pelo usuário no lugar do Apple Pay;
  • Reduzir o prazo de aprovação em disputas

Regulação para Apple Pay

Apple Pay

Em inglês, como fica o ecossistema aberto do Apple Pay (Reprodução: Comissão da UE)

 

De acordo com Margrethe Vestager, vice-presidente executiva responsável pela política de competição na UE, a decisão desta quinta-feira evita que a Apple exclua outras carteiras móveis do ecossistema do iPhone e abre a concorrência em um setor crucial para o cidadão europeu.

“A partir de agora, os competidores poderão competir com a Apple Pay em pagamentos móveis feitos por iPhones presencialmente. Portanto, os consumidores poderão escolher uma vasta opção de carteiras móveis seguras e inovadoras”, disse Vestager.

Essa medida vale por dez anos em todos os países da UE.

Imagem principal: vice-presidente executiva responsável pela política de competição na UE, Margrethe Vestager (Crédito: divulgação/ Comissão da UE)