A Xiaomi vem estudando a possibilidade de produzir no Brasil. De acordo com Luciano Barbosa, head de operação da marca no Brasil, a empresa avalia o caso, com olhos atentos ao desfecho da Reforma Tributária. “Não tomaremos uma decisão sem antes entender como será o contexto do País nos próximos anos”, conta, sem especificar quais produtos seriam esses.
Outra questão que motiva a companhia chinesa é o fato de o mercado atual estar mais propício a uma diminuição do portfólio de smartphones da Xiaomi. No início da retomada da empresa no Brasil, diversos modelos cativaram o consumidor, diferentemente da configuração atual, em que a marca vem notando que alguns modelos específicos são a preferência.
Xiaomi procura pequenos varejistas
Enquanto pondera sobre mudanças na parte operacional, a empresa também vem buscando se consolidar no mercado de pequenos e médios varejistas. “A gente acredita que o nosso grande trabalho agora é fazer com que os aparelhos fiquem disponíveis para que as pessoas possam comparar com outras marcas e nos escolherem. Queremos que mais potenciais clientes possam ‘ver com a mão'”, explicou Barbosa, durante evento da Eletrolar Show 2024, em São Paulo, nesta segunda-feira, 15.
Desde 2023 trabalhando no segmento, a Xiaomi identificou que as demandas dos pequenos e médios varejistas estavam vinculadas quase sempre ao menor preço. “Esses clientes costumam pedir as versões mais baratas e especificam se é um smartphone de 128 GB ou de 256 GB de RAM. Notamos também que há uma busca maior por fones de ouvido”, disse o head de operação.
Segundo Barbosa, os varejos físicos são o principal meio de venda da empresa, que tem 500 produtos disponíveis para comercialização no Brasil. Desde o seu retorno ao País, em 2019, a fabricante vinha focando no grande varejo e atualmente tem cerca de 10 mil pontos de vendas. Além disso, a companhia prevê a abertura de mais 22 lojas até o final do ano, chegando a 40 novas unidades somente em 2024. A marca atua em 16 estados do País.