A Nokia registrou um prejuízo de 142 milhões de euros no segundo trimestre de 2024, ante um lucro de 290 milhões de euros do mesmo período um ano antes. O resultado está diretamente ligado ao resultado baixo nas vendas de equipamentos de redes e a negociação da divisão de cabos submarinos para o governo francês.
A companhia registrou 4,4 bilhões de euros na receita de vendas, uma queda de 18% se comparado com 5,4 bilhões de euros do segundo trimestre de 2023. Nas três principais áreas de negócios da fornecedora houve redução de vendas.
O principal recuo foi na divisão de redes móveis (-25%), de 2,6 bilhões de euros para 1,9 bilhão, devido a uma “dinâmica que continua desafiadora” com as operadoras agindo “com cautela”, disse em carta aos acionistas o CEO e presidente da Nokia, Pekka Lundmark. Importante ressaltar que o segundo trimestre foi o pico das instalações do 5G na Índia e uma parcela do contrato de redes com a AT&T colaboraram para o resultado não ser pior.
A área de infraestrutura de rede caiu 11%, de 1,7 bilhão para 1,5 bilhão de euros, ainda seguindo o movimento de queda de 2023. Mas Lundmark acredita que o segundo semestre deve apresentar resultados melhores com novos acordos que foram firmados nos Estados Unidos, uma região que estava em queda desde o ano passado.
E a área de nuvem e serviços de rede recuou 17%, de 742 milhões para 615 milhões de euros, em um movimento ainda de construção do ecossistema e ganhos orgânicos com a oferta de APIs de redes e orquestração com automação.
Nokia sem cabos submarinos
Com a divisão de cabos submarinos considerada como descontinuada, a Nokia registrou um prejuízo de 512 milhões de euros, ante um lucro de 2 milhões de euros no segundo trimestre de 2023. Se considerasse apenas as operações que seguem na fornecedora, a empresa teria um lucro de 370 milhões de euros no segundo trimestre de 2024, uma alta de 29% contra 287 milhões de euros do ano mesmo período um ano antes.
Imagem principal: Arte de Nik Neves para Mobile Time