A partir de agora a TIM usará Nokia e Huawei como fornecedores para o avanço de sua rede 5G. A Ericsson, parceira até então, continua prestando serviço de manutenção para os seus equipamentos, mas não participará da ampliação da rede móvel de quinta geração. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 31, durante coletiva de imprensa para comentar os resultados financeiros da operadora. Os prazos dos novos contratos com as fornecedoras não foram detalhados.

A Huawei também é a parceira que desenvolveu uma antena 4G/5G que será utilizada com exclusividade pela TIM. A solução tem capacidade superior (50%) e propicia uma cobertura 30% maior que as estações móveis tradicionais “a preços razoáveis”, disse Alberto Griselli, CEO da operadora. A ideia é que a rede avance mais rapidamente com um custo menor.

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Executivos da TIM durante apresentação dos resultados da empresa para o segundo trimestre de 2024. Imagem: reprodução de vídeo

“Seremos o primeiro operador no mundo [a usar esta antena] e identificamos uma oportunidade para atingir os nossos objetivos de qualidade e custo. Acordamos com o parceiro de fazer o rollout no Brasil”, completou.

De acordo com Marco Di Constanzo, CTO da operadora, o rearranjo dos fornecedores será capaz de reduzir o “total cost of ownership”, o Opex (custo de manutenção) e o Capex, além de custos com ocupação de torres. O executivo disse ainda que há um Capex previsto de R$ 4,5 bilhões no ano, mas este valor será investido “com mais eficiência”.

TIM e o desligamento do 2G

A empresa continua com o projeto de desligamento da rede 2G em parceria com a Vivo. Metade da rede já foi descontinuada, totalizando 1,3 mil cidades e 6,4 mil sites. A desativação dos sites da rede móvel de segunda geração é feita quando há sobreposição do serviço ativo das duas operadoras no município.

“Devemos acelerar, mas voltamos a trabalhar no desligamento do 2G e da rede única. Estamos buscando outras cidades dentro do que concordamos com o Cade e a Anatel. Mas este é um projeto complexo que não anda muito rápido, com certeza não tão rápido quanto gostaríamos, mas continuamos neste projeto e acreditamos que até o final do ano ou no primeiro tri do próximo ano nós teremos concluído este projeto”, comentou Griselli. Vale dizer que o acordo com a Vivo envolve cidades com menos de 30 mil habitantes.

“O fechamento da rede 2G – quando a gente olha para a rede única e a infraestrutura compartilhada – representará uma economia de energia e de custo de manutenção”, completou o executivo.