O Globoplay (Android, iOS) é capaz de sustentar 8 milhões de usuários simultaneamente. Em conversa com jornalistas para apresentar a TV 3.0, Raimundo Barros, diretor executivo de tecnologia da Globo e presidente do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), explicou que o desafio para o streaming é quando milhões de pessoas resolvem acessar, ao mesmo tempo, o mesmo conteúdo. Foi o caso da apresentação solo de Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Paris e que deu o ouro para a ginasta brasileira. Muitos assinantes foram assistir a competição de ginástica artística pelo computador ou celular, já que era horário de trabalho.

“ O desafio do app de streaming é receber 4 milhões de assinantes ao mesmo tempo para assistir ao mesmo conteúdo”, disse o executivo. “Atualmente, a transmissão de TV aberta direta para o dispositivo móvel não suportaria audiência na casa de milhões (como tem a TV Globo, que tem, por exemplo, 122 milhões de pessoas assistindo às Olimpíadas no momento). No streaming não é diferente”, contou.

Globoplay e o aprendizado com o BBB

O app de streaming aprendeu na prática o peso que faz na infraestrutura a chegada simultânea de mais de 4 milhões de pessoas em 2021, durante o Jogo da Discórdia, que acontecia no Big Brother Brasil. “Chamamos de efeito rajada. Segunda-feira, jogo da discórdia do BBB. Começa a confusão que todo o mundo gosta de acompanhar. Mas a Globo sai daquela confusão e a galera que estava assistindo vai, no mesmo minuto, para o nosso app”, lembrou. “É preciso ter um software capaz de responder à rajada. Já superamos isto”, diz.

Não à toa que não houve interrupção ou qualquer problema quando as pessoas entraram ao mesmo tempo para ver a bela apresentação da ginasta brasileira.