| Mobile Time Latinoamérica | O Instituto Federal de Telecomunicações (IFT) apresentou o Sétimo Diagnóstico de ‘Cobertura do Serviço Móvel nos Povos Indígenas’, revelando que, ao final do quarto trimestre de 2023, 86% da população indígena no México tinha cobertura de serviço móvel em pelo menos uma tecnologia (3G ou 4G). Este avanço representa um passo significativo em direção à inclusão digital das comunidades mais vulneráveis e marginalizadas do país.
No México, segundo o Censo de 2020, há cerca de 12 milhões de pessoas indígenas, o que representa 9,5% da população. Destas, 86% possuem cobertura de serviço móvel, seja 3G ou 4G. Em dez dos 67 povos indígenas, 100% da população tem cobertura em pelo menos uma dessas tecnologias.
De acordo com o relatório, em 2023 houve um aumento nas localidades com presença de população indígena que têm acesso à tecnologia 3G, passando de 79,9% no quarto trimestre de 2022 para 80,4% no mesmo período de 2023. Isso equivale a 1.009 novas localidades cobertas e aproximadamente 155,50 mil pessoas.
Quanto à tecnologia 4G, houve um aumento de 3 pontos percentuais em comparação com 2022, atingindo 78%. Este crescimento na cobertura móvel se traduz em um aumento de 3.522 novas localidades cobertas pela rede 4G, beneficiando aproximadamente 369 mil pessoas adicionais.
Entre os povos indígenas mais beneficiados estão os povos Chuj, localizados no estado de Chiapas, e Akateko, concentrados principalmente nos estados de Campeche, Chiapas e Quintana Roo. Esses povos experimentaram os maiores aumentos na cobertura 4G.
O Povo Chuj passou de ter 50% de suas localidades cobertas em 2022 para 68% em 2023, enquanto o Povo Akateko aumentou o acesso de sua população ao 4G de 19% em 2022 para 80% em 2023.
Fechamento da brecha digital na população indígena
Esses resultados fazem parte do trabalho conjunto entre o IFT e o Instituto Nacional dos Povos Indígenas (INPI), que desde 2018 iniciaram um processo de mapeamento e análise da cobertura móvel nas comunidades indígenas do México. Esse acompanhamento também permitiu um planejamento mais preciso de políticas públicas voltadas para fechar a brecha digital.
Em um esforço adicional para empoderar as comunidades indígenas, o IFT, em colaboração com o Instituto Nacional de Línguas Indígenas (INALI), realizou um workshop de tradução de materiais informativos para dez línguas indígenas, somando estas às 50 línguas que já contavam com traduções. Esta iniciativa busca garantir que a informação sobre serviços de telecomunicações seja acessível para mais de um milhão de pessoas falantes dessas línguas.
A conectividade nessas comunidades permitirá que mais pessoas participem da vida digital do país, gerando novas oportunidades de desenvolvimento e melhorando a qualidade de vida nas regiões mais distantes.