Anatel inicia Blitz de testes de qualidade de rede móvel no Rio de Janeiro

A Anatel e o Ministério das Comunicações iniciaram a Blitz da Telefonia Móvel no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira, em frente ao Museu do Amanhã, região portuária da cidade. A proposta é medir o nível do sinal das três prestadoras Claro, TIM e Vivo – para saber onde há cobertura e onde não tem – e a velocidade de conexão – para conhecer a qualidade do serviço prestado. A iniciativa dura até sexta-feira, 16. No local, as conexões foram “muito boas”, segundo o secretário de Telecomunicações do MCom, sendo a menor para o 4G de 62 Mbps (Vivo) e a menor do 5G de 439 Mbps (TIM). Até sexta-feira, serão medidos outros 22 pontos da cidade. Confira abaixo tabela com as médias das medições. Vale lembrar que a agência já realizou, em julho, a mesma avaliação na cidade de São Paulo.

A Anatel avalia como rede com boa qualidade de quarta geração móvel aquela acima de 10 Mbps e a de quinta geração com mais de 100 Mbps.

Como é feito o teste da Anatel

No local, seis smartphones Galaxy S22 Plus foram usados para a medição, dois para cada operadora – um somente para capturar a tecnologia 4G e outro livre que, normalmente, deve avaliar o 5G.

A Blitz será realizada em 23 pontos da cidade – além do Museu do Amanhã também serão avaliados locais como Sambódromo, os aeroportos Galeão e Santos Dumont, a entrada da Rocinha, Central do Brasil, para avaliar a qualidade de telefonia móvel na cidade do Rio de Janeiro como um todo. São testes de tempo de resposta da rede e velocidade de download.

Em cada ponto, a Anatel realiza dois testes ao longo de 10 minutos e apresenta uma média da velocidade de download. Os testes são semelhantes aos feitos por aplicativos de celular que medem a qualidade da rede, mas, neste caso, é feito a partir de um servidor à parte para não ter concorrência com outros testes e influenciar o resultado. A iniciativa avalia a intensidade de cobertura de sinal e a qualidade da experiência do usuário.

“Não basta ter só sinal, a rede tem que ter a capacidade de tráfego, de escoar e fornecer a informação. E é exatamente isso que os equipamentos medem. E o outro teste mede a cobertura, se o sinal está bom. A cobertura pode estar ótima, mas se não tiver capacidade de tráfego a experiência do usuário continua sendo ruim”, explicou Marcelo Alves, superintendente de fiscalização da Anatel, presente na avaliação.

“Fazemos testes continuamente. No caso das blitzes, como o equipamento é portátil, ele vai durante a rota medindo e, ao chegar nos pontos estipulados, nós paramos e ficamos em torno de 10 minutos avaliando a rede. No fim, ele apresenta uma média da velocidade”, resumiu Alves.

Avaliação após a Blitz: plano de melhorias e selo de qualidade

Após as medições, é feito um diagnóstico da rede da cidade e um plano de ação com medidas para aprimorar a rede. A Anatel tem um mês para passar o relatório ao MCom e as operadoras têm 30 dias para se posicionarem.

“Havendo problemas na cidade a gente faz um plano de ação com aquela prestadora específica durante seis meses. E, depois desse tempo, a gente retorna para verificar se as melhorias necessárias foram efetivadas no Rio. Com este resultado, distribuímos às prestadoras um selo de qualidade: verde para quem estiver bem, ou amarelo e vermelho”, explicou Tercius.

Resultado final da blitz da Anatel no Museu do Amanhã

Foto principal: Herculano Tercius, secretário de Telecomunicações do MCom, durante a Blitz de avaliação das redes móveis no Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. Foto: Isabel Butcher/Mobile Time