A mudança de política de privacidade da Meta e sua apuração fez com que a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) iniciasse conversas com outras plataformas de inteligência artificial. Na última quinta-feira, 30, por exemplo, a autoridade iniciou conversas com a OpenAI sobre coleta e treinamento de dados de brasileiros para seu modelo fundamental, o GPT, e estabeleceu uma série de reuniões técnicas para que a empresa explique quais salvaguardas estão adotando no tratamento de dados pessoais.

“O anúncio da Meta de que haveria o início do treinamento do sistema de IA nos levou a adotar a medida preventiva, mas estamos cientes de que existem outros atores usando dados para treinar seus sistemas de IA e isso pode ensejar preocupações semelhantes”, disse Miriam Wimmer, diretora da ANPD.

Wimmer salientou durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 30, que o modelo de negócios de uma rede social é diferente daquele de uma empresa como a OpenAI.

ANPD reconhece diferenças entre as empresas

“É preciso reconhecer a diferença de modelos de negócios de uma rede social, como a Meta, ou de uma IA que trata dados genericamente coletados da Internet em função de como essas diferentes corporações se remuneram. É claro que isso tem que ser levado em consideração pela ANPD”, comentou.

A autoridade enviou no fim de julho também um pedido de informações ao X que já foi respondido com vários dados. Cabe agora à ANPD iniciar uma análise deste material.

Wimmer e Fabrício Lopes, coordenador geral de fiscalização da ANPD, comentaram também que ainda não houve conversas com o Google sobre coleta de dados para alimentar sua inteligência artificial.

 

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